PS/Açores lamenta “estagnação” no projeto espacial em Santa Maria
21 de jul. de 2021, 10:51
— Lusa/AO Online
“Relativamente
às questões espaciais há uma estagnação. Não quero dizer que seja um
abandono, mas o que é facto é que tem havido muito pouco
desenvolvimento, numa altura em que seria fulcral acelerarmos este
processo e darmos uma nova dinâmica e uma força a esta questão”, afirmou
Bárbara Chaves, no arranque das jornadas parlamentares do PS em Santa
Maria.O contrato para a instalação e
funcionamento do Porto Espacial de Santa Maria tinha assinatura prevista
para junho de 2019, para que os primeiros lançamentos de pequenos
satélites ocorressem no verão de 2021, mas o processo concursal aguarda
ainda decisão judicial, depois de ter sido impugnado por um dos
concorrentes.As propostas dos dois consórcios concorrentes, o Atlantic Spaceport Consortium e o RFA Azores, foram excluídas.Em
abril, o presidente do Governo Regional dos Açores disse à Lusa que o
executivo iria “atualizar o projeto”, para avançar com um novo concurso.No
primeiro dia de jornadas parlamentares do Partido Socialista na ilha de
Santa Maria, os deputados do PS visitaram ainda a queijaria da
Associação Regional dos Criadores de Caprinos e Ovinos dos Açores
(ARCOA), “uma produção ainda de menor dimensão” que os socialistas
acreditam que “será importante para a ilha de Santa Maria ter os
produtos lácteos também valorizados”, destacou Bárbara Chaves.A
deputada eleita pelo círculo eleitoral de Santa Maria referiu que
“outros nichos de mercado, como a meloa, como o morango, têm sido
desenvolvidos”.“O atual Governo Regional
[PSD/CDS-PP/PPM] deve fazê-lo e não deve descurar aquilo que ao longo do
tempo tinha vindo a ser feito por parte dos governos do Partido
Socialista”, afirmou.Para a deputada, a estagnação não se fica pelo setor espacial – “em outras áreas, nada de novo foi feito”, considerou.“Aquilo
que tinha sido feito pelo Partido Socialista e que o Governo anterior
tinha feito continuou a ser feito. Ou seja, naturalmente as coisas
desenvolveram-se, mas não por uma ação do Governo ao nível da
agricultura, ao nível da parte social, portanto, não há um retrocesso,
há uma estagnação”, rematou.