PS/Açores diz que há atrasos nos apoios financeiros à habitação
21 de abr. de 2025, 12:03
— Lusa/AO Online
No âmbito de um requerimento
entregue na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, divulgado à
comunicação social, os socialistas solicitam dados atualizados sobre o
número de candidaturas apresentadas, aprovadas, pagas e pendentes por
ilha, entre 2021 e 2024.É também
solicitada informação sobre os tempos médios de liquidação dos apoios,
bem como os acordos de cooperação celebrados com autarquias e os
pagamentos efetuados nesse âmbito.No
documento, o maior partido da oposição aborda ainda o regime excecional
para a eliminação de barreiras arquitetónicas em habitações de pessoas
idosas ou com deficiência, cuja execução “tem sido igualmente marcada
por demoras injustificáveis”.De acordo com
a líder parlamentar socialista, Andreia Cardoso, os atrasos estão a
“comprometer o acesso das famílias açorianas a uma habitação condigna”.“Não
é aceitável que existam açorianos com candidaturas aprovadas e obras
concluídas que continuam à espera do apoio financeiro devido”, afirma,
citada na nota.Segundo Andreia Cardoso,
este cenário está a “gerar desconfiança no programa e a adiar a
reabilitação de casas essenciais para o bem-estar das famílias”.A
deputada da oposição diz que “o direito a uma habitação digna não pode
continuar a ser adiado por falta de organização e resposta do Governo
Regional”, preconizando “soluções urgentes e eficazes para garantir que
as famílias recebam os apoios a que têm direito”.O
programa Casa Renovada, Casa Habitada foi anunciado pelo executivo
socialista de Vasco Cordeiro no final de 2018 e apresentado publicamente
poucos meses depois, com duas modalidades de apoio financeiro – uma
para recuperar habitações próprias e outra para obras de reconversão de
imóveis devolutos em casas para arrendamento. A
iniciativa foi continuada pelo Governo Regional liderado pelo
social-democrata José Manuel Bolieiro (no cargo desde o final de 2020).No ano passado o executivo anunciou o seu alargamento “a mais famílias” - jovens, de classe média, monoparentais e/ou numerosas.O
apoio financeiro pode ser atribuído como subsídio reembolsável e não
reembolsável e é concedido a pessoas singulares constituídas em
agregados familiares cuja situação socioeconómica não lhes permita
proceder às intervenções nos imóveis.