PS/Açores diz que Governo Regional apresentou “mão cheia de nada” para combater crise
13 de jan. de 2023, 18:16
— Lusa/AO Online
“A
conferência de imprensa do presidente do Governo [dos Açores] mostra um
governo esgotado e incapaz de perceber a situação económica e social,
sem capacidade para garantir apoios rápidos que cheguem às famílias e
empresas rapidamente”, refere Berto Messias, citado numa nota de
imprensa.O governo açoriano anunciou a
criação do programa “Mais”, orçado em 10 milhões de euros, para
incentivar o aumento salarial, e de um passe social para “evitar o
descontrolo” dos preços dos transportes públicos devido à inflação.De acordo com o
dirigente socialista, a conferência de imprensa foi “uma mão cheia de
nada, com um presidente agarrado ao passado, sempre a criticar os
governos anteriores [do PS] e sem capacidade para apresentar medidas
efetivas, de impacto imediato, que cheguem à vida diária das pessoas e
das empresas”.“Diz agora que quer
monitorizar e acompanhar, com base num novo paradigma, mas acompanhar e
monitorizar não resolve nada. Não ajuda o empresário que está
confrontado com o aumento das matérias-primas, não ajuda as famílias que
vão ao ‘hiper’ e veem os preços a disparar, não ajuda as famílias com a
taxa de esforço mensal a aumentar e com as taxas de juro dos créditos à
habitação a disparar”, afirma Berto Messias.O
socialista diz ainda que esperava o anúncio de um “pacote de medidas
específicas e robustas para combater a inflação e o aumento do custo de
vida”, mas o presidente do Governo Regional falou apenas de “medidas
antigas, já em vigor, que nada trazem de novo”.Para
o dirigente do partido da oposição, aquilo que se esperava deste
executivo era que seguisse “o exemplo do que fizeram os anteriores
governos regionais quando confrontados com situações de crise
excecionais, criando pacotes de medidas especificas, como aconteceu com a
crise do ‘subprime’ no início da última década ou com a crise
pandémica”.“Em ambos os casos o Governo Regional da altura [socialista] chegou-se à frente, primeiro que o resto do país”, afirma.