PS/Açores diz que coligação tenta manipular funcionários públicos
29 de nov. de 2023, 18:17
— Lusa
O
dirigente do maior partido da oposição nos Açores referiu que, através
dos Trabalhadores Social Democratas (TSD) nos Açores, tentou-se
“manipular os trabalhadores da administração pública regional,
levando-os a acreditar que só com a aprovação do Orçamento para 2024 é
que estes poderiam progredir na sua carreira”.“Não
é verdade que seja o Orçamento apresentado a eliminar as quotas no
sistema de avaliação dos funcionários públicos dos Açores. As quotas
foram eliminadas pela Assembleia Legislativa dos Açores em maio deste
ano, por proposta do PAN”, afirma o socialista, citado em nota de
imprensa do partido.O dirigente socialista
sustenta que, “apesar dessa eliminação entrar em vigor quando vigorar o
Orçamento de 2024, também é verdade que, quando acontecer a aprovação
do documento, essa eliminação terá efeitos retroativos a 01 de janeiro
do próximo ano”.Berto Messias considera
igualmente ser “mentira” que a progressão na carreira com a acumulação
de seis pontos ou mais nas avaliações de desempenho só seja possível com
a aprovação do Orçamento para 2024”.“Atualmente,
isso já é possível, já está previsto como uma opção gestionária do
dirigente máximo do serviço, de acordo com a Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas que se conjuga com o nosso Sistema Integrado de Gestão e
Avaliação do Desempenho na Administração Pública Regional dos Açores
(SIADAPRA), pelo que depende apenas da vontade do Governo Regional”,
conclui o dirigente.Joaquim Machado, líder
dos TSD/Açores, acusou hoje o PS/Açores de “fazer circular uma mensagem
nas redes sociais que é uma falsidade", ou seja, que "já era possível
os trabalhadores da administração pública progredirem com seis pontos ao
abrigo da Lei Geral do Trabalho em funções públicas”.“O
que nós verificámos é que esta lei nunca se aplicou na região. Se era
possível, Vasco Cordeiro, enquanto presidente do Governo dos Açores,
impediu que os trabalhadores da administração pública regional pudessem
fazer uso dessa norma”, especificou o deputado.Acresce
que “nos dois últimos Orçamentos do Estado há a uma norma travão que
impede qualquer progressão a esse nível”, de acordo com o dirigente
sindical.O Sintap/Açores classificou,
entretanto, como “muito mau” o chumbo das propostas do Governo Regional
de Plano e Orçamento para 2024, considerando que defrauda as
expectativas dos trabalhadores.“É muito
mau [o chumbo do Plano e Orçamento de 2024] porque defrauda as
expectativas de milhares de funcionários públicos que iriam ver a
possibilidade de progredirem mais rapidamente com seis pontos, nas suas
carreiras”, declarou Graça Cabral, dirigente do Sintap/Açores no final
de uma reunião com o líder dos TSD/Açores, em Ponta Delgada.