PS/Açores discute com setores da hotelaria e restauração fim do uso de plásticos
19 de mar. de 2019, 10:01
— Lusa/AO Online
“A
sustentabilidade ambiental é muito larga, é muito mais do que o próprio
nome pode referir. Tem a ver com a possibilidade de nós, através de uma
marca distinta, associada à sustentabilidade ambiental, podermos
potenciar quer o emprego, quer a economia no seu global”, afirmou o
líder do grupo parlamentar socialista no parlamento açoriano, Francisco
César.O socialista considera que a
sustentabilidade ambiental “é muito mais do que propriamente uma questão
ecológica ou uma questão ambiental” e que, no caso dos Açores, “está
diretamente ligada à criação de emprego – mais e melhor emprego e menos
precário –, está ligado a desenvolvimentos de setores de ponta e setores
tradicionais, como sejam a área do turismo, da agricultura, das pescas,
da energia ou até da mobilidade”.Nesse
sentido, o grupo parlamentar socialista irá ouvir vários agentes dos
diversos setores, tendo começado estas jornadas com uma reunião com a
delegação açoriana da AHRESP, em que propuseram que “o governo legisle,
até ao final deste ano, no sentido de proibir a utilização de plásticos
descartáveis na hotelaria e na restauração”.“Mas
nós não proibimos apenas por uma questão ambiental, achamos é que isto
deve ser feito de forma a que, quer a hotelaria, quer a restauração,
possa, primeiro, suportar, ou seja, que isto não seja um encargo
acrescido, e que, por outro lado, possam potenciar exatamente esta nova
forma de trabalhar sem os plásticos descartáveis”, garantiu o deputado.À
Lusa, o presidente da delegação dos Açores da AHRESP, Rui Anjos,
garantiu que, no que toca à sustentabilidade ambiental, a associação
“apoia toda e qualquer medida, muito mais no mercado açoriano, que tem
como imagem a sustentabilidade ambiental, e uma região verde tem que
progredir neste sentido”.Ainda assim, o
dirigente notou preocupação, “no momento atual, com a falta de
alternativa a bom preço para combater a ausência do plástico”.“As alternativas tendem a ser três a quatro vezes mais caras que o plástico e essa é a nossa grande preocupação”, afirmou.Por
isso, “o que a AHRESP pediu foi nunca menos que seis meses para formar e
sensibilizar os empresários e, ao mesmo tempo, que o mercado da oferta
se adeque a essa mesma resolução”.As
jornadas parlamentares do PS arrancaram hoje e, até quarta-feira, os
deputados socialistas reúnem-se com várias entidades, entre as quais a
MUSAMI (Operações Municipais do Ambiente) e a Entidade Reguladora dos
Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA), e visitam centros
ambientais como a Quinta do Bom Despacho, o Centro de Monitorização e
Investigação das Furnas e a Central Geotérmica do Pico Vermelho.