PS/Açores discorda de acórdão do TC sobre irregularidades na campanha de 2016
4 de mai. de 2022, 16:21
— Lusa/AO Online
“O
PS/Açores não concorda com o acórdão proferido, nem com as coimas
aplicadas pelo TC, por considerar terem sido dadas as justificações
necessárias para a compreensão de todos os gastos efetuados, sendo que,
quer o PS/Açores, como o seu mandatário financeiro nas eleições
legislativas regionais de 2016, não deixarão de cumprir com o decidido”,
indica o partido, em comunicado.O TC
confirmou as coimas aplicadas pela Entidade das Contas ao PS e ao seu
mandatário financeiro, num total de oito mil euros, por irregularidades
contabilísticas na campanha das legislativas regionais dos Açores de
2016.Os juízes conselheiros rejeitaram o
recurso que tinha sido interposto pelo PS das coimas aplicadas pela
Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) em 2020 - no valor
de 5.964 euros (14 Salários Mínimos Nacionais de 2008) ao PS e de 2.130
euros (cinco Salários Mínimos Nacionais de 2008) ao mandatário
financeiro naquelas eleições - valores próximos dos limites mínimos
legais.Na nota, o PS/Açores destaca que “a
realidade arquipelágica dos Açores cria condicionantes e
particularidades nas ações de campanha que são necessárias desenvolver
no âmbito de uma eleição com as características das eleições
legislativas regionais”.Assim, “a
diferença de preços realizados nas diferentes ilhas, pelos diversos
fornecedores, permite uma diversidade de valores cobrados para o mesmo
tipo de serviço”.“Neste sentido, o
PS/Açores procurou encontrar soluções que fossem economicamente mais
viáveis, com as devidas repercussões nos gastos de campanha, não tendo
entendido o TC que estas situações fossem suficientes para justificar a
adjudicação de serviços a valores inferiores aos indicados pelas
tabelas”, lamenta.O PS destaca que “a
tipologia de serviços adjudicados e o respetivo documento de suporte,
onde consta o descritivo, corresponde ao serviço efetuado, nomeadamente o
aluguer de meio audiovisuais, serviços de captação de imagem, ou de
estúdios de gravação, são, per si, justificativos das ações realizadas,
constando ainda o serviço de aluguer de material para reprografia”.Para
o PS/Açores, “este tipo de serviços e o descritivo é suficiente para
ser entendível o uso final, que será produção de tempos de antena,
vídeos de campanha e comunicação audiovisual para melhor esclarecer o
eleitor”.O partido lembra que a Entidade
das Contas e Financiamentos Políticos “apurou, em 2020, que PS, PSD,
CDS-PP, BE, PCP e PPM, apresentaram contas relativas à campanha das
regionais de 2016 com irregularidades e que, nesta mesma sessão do
Tribunal de Contas, foram proferidos acórdãos relativos à CDU e ao
CDS-PP para o mesmo ato eleitoral”.