PS/Açores critica "redução drástica" de trabalhadores em programas ocupacionais
8 de nov. de 2022, 18:27
— Lusa/AO Online
“Essas
medidas foram tomadas sem a preocupação de salvaguardar situações que
objetivamente pudessem e devessem merecer, de acordo com os princípios
da legislação, programas especiais de regularização, à semelhança do
que, por exemplo, nos últimos governos do PS, acontecia, mesmo ao nível
do orçamento”, afirmou o deputado socialista à Assembleia Legislativa
dos Açores Francisco Coelho.O parlamentar
socialista falava à margem de uma reunião com o Sindicato dos Quadros
Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos (STE), em Angra do
Heroísmo.Francisco Coelho condenou a
“redução drástica dos programas ocupacionais” do atual executivo
açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), alegando que a medida foi tomada “sem procura
de alternativas”, gerando “grandes injustiças”.O
deputado socialista defendeu que os trabalhadores em programa
ocupacionais que tivessem “no mínimo de dois anos de serviço, com
subordinação à hierarquia, disciplina e horário” deviam ter tido acesso a
um concurso especial para ingressar na função pública.“Há
pessoas que deram, durante muito tempo mais do que suficiente e mais do que
comprovado, o melhor de si à administração pública, que cumpriram os
requisitos, que foram aceites e validado o seu trabalho e que, agora, se
veem numa situação de desemprego prático. Pensamos que o Estado e a
Região, como pessoa de bem, devia dar o exemplo também no combate à
precariedade”, salientou.Questionado sobre
a disponibilidade orçamental para integrar estes trabalhadores,
Francisco Coelho disse que esta questão deve ser prioritária.“Há
que estabelecer prioridades e a regularização por parte do Estado,
daqueles que serviram o Estado em determinadas condições, à semelhança
do que aconteceu nos últimos governos do PS na região, tem de ser uma
prioridade. O governo para isso tem de ter dinheiro”, frisou.O
parlamentar socialista acusou também o Governo Regional de fazer
“nomeações que parecem obedecer a critérios de favorecimento partidário e
não de verdadeira competência e isenção”.Quanto
ao setor privado, Francisco Coelho defendeu que “o Governo [Regional]
tem de intervir no sentido de fazer cumprir a legislação e no sentido de
usar os mecanismos que o código de trabalho dispõe para que haja uma
efetiva contratação coletiva”.