PS/Açores critica Governo Regional por “falta de ação” e acumulação de dívidas
6 de set. de 2024, 15:06
— Lusa/AO Online
Segundo
Francisco César, o Governo Regional liderado pelo social-democrata José
Manuel Bolieiro “deve, neste momento, tudo, a praticamente toda a gente,
desde empresas, instituições desportivas, instituições particulares de
solidariedade social (IPSS), inclusive agentes culturais”.O
dirigente, citado numa nota de imprensa, também criticou as
justificações do executivo para a falta de pagamento: "A primeira
desculpa era o Orçamento [Regional]; a segunda desculpa era o Governo da
República, que inclusive agora é da mesma cor do partido, do PSD, e que
não resolveu nada, pelos vistos.”Francisco
César acusa ainda o Governo Regional de aumentar a dívida a
fornecedores em mais de 100 milhões de euros e a dívida do setor da
Saúde em mais de 200 milhões de euros, destacando que “até à SATA [a
companhia aérea pública açoriana] a dívida ultrapassa os 30 milhões de
euros”.O responsável pede que o executivo
liderado por Bolieiro cumpra com as suas responsabilidades e “pague
aquilo que deve”, além de resolver problemas ao nível das
acessibilidades, dos combustíveis e da sazonalidade turística.As
declarações do presidente do PS/Açores, divulgadas num comunicado
do partido, foram feitas na quinta-feira à margem de uma reunião com o
Núcleo Empresarial de São Jorge, na vila de Velas, onde foram levantadas
várias preocupações pelos empresários locais."O
objetivo desta visita era exatamente perceber quais são as preocupações
dos empresários - os empresários aqui da ilha de São Jorge e também os
empresários dos Açores. E há várias preocupações", afirmou. Entre
as principais questões apontadas, o líder socialista destacou as
acessibilidades, que classificou como "um enorme problema", sublinhando a
imprevisibilidade e a irregularidade dos serviços, além da inadequação
das embarcações para servir a ilha.Francisco
César criticou também a insistência do executivo de coligação em culpar
a gestão anterior, liderada pelo seu partido, pelos problemas atuais da
região, afirmando que "é preciso parar de falar dos últimos 24 anos". "Este
Governo [Regional] não está em funções há cinco dias, há cinco semanas,
há cinco meses. Está em funções há quase cinco anos. E, portanto,
aquilo que se exige é menos desculpas, menos conversas, e que
efetivamente faça o seu trabalho”, concluiu.