PS/Açores chumba proposta de alteração à Lei de Finanças Regionais que criticou
13 de dez. de 2017, 20:24
— Lusa/AO Online
"O
PS e o Governo têm vindo a esconder-se debaixo de diversos biombos de
natureza formal, apenas por uma coisa, porque não querem afrontar o
Governo da República", denunciou Zuraida Soares, deputada do BE,
considerando que se o executivo nacional fosse de outra cor política "o
PS e o Governo Regional defenderiam a reposição da LFR de 2010".A
bancada do BE entende que a atual LFR, aprovada em 2013 pelo Governo de
Passos Coelho, deve ser alterada, de novo, porque poderá prejudicar o
nível de transferências do Orçamento do Estado (OE) para os Açores, por
exemplo, em caso de quebra de receitas de impostos.Na
altura em que a nova LFR foi aprovada, o vice-presidente do Governo
Regional, Sérgio Ávila, criticou o diploma, porque além de implicar um
aumento de impostos nos Açores retirava receitas próprias à região e
alterava o nível das transferências do Orçamento do Estado para a
região."Os
açorianos vão pagar mais impostos, o Governo da República poupa porque
reduz as transferências para a Região e não resulta daqui qualquer
efeito positivo nas contas da Região, muito pelo contrário", lamentou,
na ocasião (2013), o titular da pasta das Finanças no arquipélago.Confrontado
agora com esta proposta do BE, Sérgio Ávila alega que a reposição da
anterior LFR teria "aspetos positivos", mas também "aspetos negativos",
considerando que seria necessário analisar cautelosamente o assunto, mas
através de uma proposta de Lei a apresentar na Assembleia da República e
não de uma proposta de resolução.O
governante adiantou também que a atual LFR "é mais justa" para os
Açores, por incluir no Orçamento do Estado para 2018 a transferência,
pela primeira vez, de 18 milhões de euros relativos aos "jogos sociais".Mas
apesar dos argumentos invocados pelo BE, no sentido de alterar a lei,
apenas o PCP votou a favor ao lado dos proponentes, ao passo que o PSD e
o CDS abstiveram-se e o PS e o PPM votaram contra.