Autor: Lusa/AO Online
Citado em comunicado, o deputado
diz que a “total descoordenação entre o Governo Regional, a Lotaçor, os
armadores e a indústria” é algo que está a “comprometer seriamente o
armazenamento do pescado e os rendimentos dos pescadores açorianos
durante a safra do atum bonito”.
Gualberto
Rita afirma que as “frequentes contestações dos pescadores resultam, em
grande medida, da ausência de um planeamento estratégico adequado e do
desconhecimento generalizado sobre o funcionamento da safra nos Açores”.
O
deputado diz que há entrepostos que “iniciam a safra já parcialmente
ocupados e portarias publicadas tarde demais, criando entraves
adicionais à atividade”.
Segundo o
parlamentar, este cenário “contrasta com anos anteriores, em que, mesmo
com volumes muito superiores de pescado, foi possível assegurar
condições de descarga e escoamento sem as atuais dificuldades.
O
socialista afirma que as consequências “recaem inevitavelmente sobre
pescadores e armadores”, que enfrentam “perdas económicas
significativas”.
O elemento da bancada
socialista no parlamento regional considera que, “sobretudo perante as
dificuldades acumuladas nos últimos anos e o aumento dos custos com
combustíveis, muitas embarcações viram-se obrigadas a reduzir
drasticamente as capturas e algumas até a cessar a safra”.
Também
a indústria é penalizada, já que, “com maior disponibilidade de
matéria-prima local, poderia reduzir a dependência de importações para a
produção das suas conservas”, acrescenta.
Gualberto
Rita sustenta que o secretário regional das Pescas, “em vez de assumir
responsabilidades e exigir da Lotaçor uma gestão eficiente e uma
coordenação eficaz da safra", opta por se "refugiar em justificações
vagas, transferindo para as associações de pescadores e para a indústria
a carga das falhas verificadas”.