PS/Açores acusa líder regional do CDS de "prejudicar" a Azores Airlines
23 de jun. de 2018, 11:49
— Lusa/Ao online
“É lamentável ver que alguém com responsabilidades políticas, numa altura crucial para a empresa e sem qualquer facto que o justifique, venha de uma forma gratuita e deliberada prejudicar diretamente o seu futuro”, disse, citado numa nota de imprensa do grupo parlamentar do PS/Açores.Francisco César reagiu assim a uma conferência de imprensa do líder regional centrista, Artur Lima, que acusou hoje o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, de “destruir” a empresa Azores Airlines, integrada na companhia aérea açoriana SATA, e de ter intenção de a fechar.“O Governo [Regional], ao que parece, está a fechar a porta à SATA Internacional [antigo nome da Azores Airlines], porque o desígnio da SATA é servir os Açores e, neste momento, a SATA não serve os Açores. Há queixas do Faial, há queixas do Pico, há queixas da Terceira, há queixas de todo o lado (...). Eu acho que a intenção de Vasco Cordeiro é fechar a SATA”, afirmou Artur Lima.Francisco César acusa o líder regional centrista e deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores de tentar “obter proveito eleitoral à custa de uma empresa que se esforça, diariamente, para proporcionar a mobilidade devida aos açorianos”.“Qual o ganho para a região com as declarações do senhor deputado, quando estamos no período crítico do processo de reestruturação interna e de alienação de parte do capital social do grupo SATA? Nenhum! Qual o ganho obtido com as suas declarações, para os trabalhadores da empresa, que todos os dias se esforçam e dão o seu melhor para que dezenas de voos se realizem? Também nenhum”, frisou.O deputado socialista pediu “serenidade e responsabilidade” em relação ao grupo SATA, reiterando que não deve ser usado como “arma de ataque político”.“Ficou apenas a satisfação da crítica pela crítica, mesmo que o dano afete uma empresa numa situação fragilizada”, acusou.O líder regional centrista disse que a companhia aérea açoriana foi “destruída” devido a más decisões de gestão e a frotas deficitárias, mas Francisco César rejeitou aceitar lições de gestão do CDS-PP/Açores.“Se tivéssemos seguido os ‘bons’ conselhos do CDS-PP a propósito da aquisição da frota inter-ilhas teríamos, hoje, uma capacidade de transporte aéreo no arquipélago, pelo menos, um terço inferior à existente, então sim, estaria instalado o caos por falta de lugar para viajar. Dá para pensar que, sobre lições de gestão da parte do CDS/PP, estamos conversados”, salientou.