PS abdica de campanha convencional e deixa cair comícios e arruadas
Açores/Eleições
7 de ago. de 2020, 14:06
— Lusa/AO Online
O dirigente
socialista declarou à Lusa, à saída de um encontro com a Autoridade
Regional de Saúde que visava abordar os procedimentos a adotar na
campanha eleitoral, que o desafio é “concertar o dever e obrigação que
os responsáveis políticos têm de transmitir o seu programa, ao mesmo
tempo que garantem a segurança das pessoas com quem contactam”.Para
o socialista açoriano, face ao cenário de pandemia da covid-19, o
partido “tem de ter a capacidade de se reinventar” através de uma aposta
de comunicação nas redes sociais.Os
socialistas querem potenciar os meios tecnológicos disponíveis para
promover uma comunicação “muita direta e direcionada para o cidadão”,
apostando na interatividade, a par da aposta nos órgãos de comunicação
social.No contacto de rua, o PS/Açores vai
“circunscrever-se a pequenos momentos”, a visitas com “regras muito
claras”, através de pequenos grupos que vão “cumprir as normas de
distanciamento social", com "a utilização permanente de máscara”, entre
outras.Francisco César refere que a
campanha eleitoral “vai ser diferente, mais imaginativa e próxima dos
cidadãos”, estando convicto de que se vai poupar financeiramente em
relação a atos eleitorais anteriores. Os
açorianos vão ser chamados às urnas em outubro para elegerem a nova
composição da Assembleia Legislativa Regional, num arquipélago em que o
PS governa há 24 anos.Vasco Cordeiro,
líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as
legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve
16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e
último mandato como chefe do executivo.Antes dos socialistas, os sociais-democratas governaram durante 20 anos a região.Nas
anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu as eleições com
46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento
regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19
mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).As
outras forças políticas representadas na Assembleia Legislativa foram o
BE, com 3,6% (dois mandatos), a coligação PCP/PEV, com 2,6% (um), e o
PPM, com 0,93% dos votos expressos (um).No
mais recente ato eleitoral, para as legislativas nacionais de 2019,
estavam recenseados e aptos a votar nos Açores 228.975 eleitores.