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Legislativas
PS/A diz que modelo de acessibilidades “não funciona” e está a penalizar os Açores

Francisco César defende a alteração do atual modelo de acessibilidades marítimas nos Açores porque, na sua ótica, é um sistema que “não funciona”


Autor: Rafael Dutra

O líder do PS/Açores defendeu a alteração do modelo de acessibilidades marítimas no arquipélago, porque considera que o atual sistema de transporte de cargas e mercadorias “não funciona” e está a penalizar todo o arquipélago açoriano.

“Nós temos um modelo de acessibilidades, de carga e mercadorias marítimas, que pura e simplesmente não funciona e que já teria sido alterado caso o PS estivesse no Governo”, afirmou o socialista, argumentando que uma alteração ao atual modelo é uma prioridade para o PS.

De acordo com o líder dos socialistas açorianos, é por este motivo que existem negociações entre o PS/Açores e o PSnacional: “para colocar no topo das nossas prioridades a alteração desse modelo de acessibilidades marítimas para que possam existir obrigações de serviço público pagas, que obriguem e permitam uma maior eficiência no modelo e que ele sirva efetivamente as populações”, acrescentou.

Citado em nota de imprensa, Francisco César falava domingo à margem de uma visita ao Porto das Lajes das Flores, tendo sublinhado que este não é apenas um problema das Flores, mas de todo o arquipélago.

“Temos neste momento um enorme problema relacionado com acessibilidades, quer marítimas, quer aéreas”, referiu, apontando falhas estruturais em todas as ilhas.
“O modelo atual está obsoleto. Os navios de mercadorias não chegam a nenhuma ilha na data prevista, faltam contentores, há mercadoria que fica no cais e as ilhas não são abastecidas como deveriam ser”, denunciou.

Segundo Francisco César, mesmo com um navio dedicado às Flores, “o gado não é escoado, as mercadorias não saem, e as compras feitas pelos habitantes não chegam ou chegam tardiamente”, frisou.

Já em relação às acessibilidades aéreas, o líder do PS/Açores e candidato às eleições legislativas de 18 de maio destacou algumas dificuldades que os açorianos enfrentam.

“Neste momento, quem tem uma deslocação por causa de saúde, muitas vezes, não consegue ter acesso a tratamento médico a tempo, as pessoas que têm os seus negócios não conseguem resolver, em tempo útil, a sua deslocação, e mesmo aqueles que se deslocam em turismo também não conseguem viajar para estas ilhas e deixar algum tipo de riqueza. O modelo não funciona”,  sustentou, declarando ser crucial a melhoria das acessibilidades aéreas e marítimas, pois “não estão a funcionar e são um fator de constrangimento do desenvolvimento e da saúde das nossas ilhas”, finalizou.