PRR vai ter 40 milhões para as empresas

Hoje 09:17 — Rui Jorge Cabral

O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, anunciou a criação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de uma linha de apoio à competitividade e à modernização das empresas, com 40 milhões de euros para os Açores, que serão geridos pelo Banco Português de Fomento, com majorações nas taxas de comparticipação pelo Governo Regional que poderão chegar aos 70 por cento do valor do investimento. José Manuel Bolieiro falava no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, durante a cerimónia de lançamento da revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2024. O Presidente do Governo Regional lembrou que o PRR não previa a atribuição de apoios diretos ao investimento empresarial, permitindo apenas a capitalização das empresas. “E foi no seguimento do procedimento de revisão e simplificação do PRR, concluído no passado dia 31 de outubro, que se abriu a porta à criação de novos instrumentos de incentivo ao investimento”, afirmou José Manuel Bolieiro. A cerimónia da lançamento da revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2024 contou igualmente com uma conferência proferida por Rui Constantino, economista chefe do Banco Santander, sobre a “Economia do Mar - Novos Horizontes de Crescimento”. Relativamente aos Açores, Rui Constantino estimou que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia do Mar continue a crescer na Região, podendo criar entre dois a três mil empregos no horizonte 2030, destacando o impacto positivo dos investimentos no Cluster do Mar dos Açores, de que são exemplos o novo navio científico ou o Tecnopolo Martec.Além disso, a criação de uma Rede de Áreas Marinhas Protegidas em 30% do Mar dos Açores e o financiamento previsto de 10 milhões de euros foi igualmente apontada por Rui Constantino como uma oportunidade para o crescimento da Economia do Mar nos Açores, sobretudo na área do Turismo Sustentável. Considerando os Açores como um ‘laboratório vivo’ da Economia Azul, Rui Constantino destacou ainda como na Região a ciência, a conservação e a atividade económica podem caminhar lado a lado. Por seu lado, o presidente do júri das 100 Maiores Empresas dos Açores, Álvaro Dâmaso, aproveitou a presença do Presidente do Governo Regional para alertar que os Açores necessitam da SATA e que esta não pode ser entregue “de qualquer maneira” no âmbito do processo de privatização em curso. O administrador da Açormedia, Pedro Melo, afirmou que “as empresas que hoje destacamos representam o que de bom temos entre nós: a resiliência, a visão de futuro e a confiança nos Açores”, considerando que “é isso que esta revista procura traduzir, ano após ano - a excelência regional, feita de trabalho, de coragem e de resultados”.Pedro Melo lembrou ainda que o Açoriano Oriental, o mais antigo jornal de Portugal, “soube ao longo do tempo reinventar-se e superar obstáculos”.A diretora editorial do Açoriano Oriental, Paula Gouveia, concluiu afirmando que o lançamento da revista 100 Maiores Empresas dos Açores “tornou-se um ritual de celebração anual do engenho, da resiliência e do empreendedorismo das nossas empresas”, lembrando que “as empresas são mais do que números: são pessoas, visão, conhecimento, estratégia, trabalho, ambição e sacrifício”.