O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro,
anunciou a criação, no âmbito do Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR), de uma linha de apoio à competitividade e à
modernização das empresas, com 40 milhões de euros para os Açores, que
serão geridos pelo Banco Português de Fomento, com majorações nas taxas
de comparticipação pelo Governo Regional que poderão chegar aos 70 por
cento do valor do investimento. José Manuel Bolieiro falava no
Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, durante a cerimónia de lançamento
da revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2024. O Presidente do
Governo Regional lembrou que o PRR não previa a atribuição de apoios
diretos ao investimento empresarial, permitindo apenas a capitalização
das empresas. “E foi no seguimento do procedimento de revisão e
simplificação do PRR, concluído no passado dia 31 de outubro, que se
abriu a porta à criação de novos instrumentos de incentivo ao
investimento”, afirmou José Manuel Bolieiro. A cerimónia da
lançamento da revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2024 contou
igualmente com uma conferência proferida por Rui Constantino, economista
chefe do Banco Santander, sobre a “Economia do Mar - Novos Horizontes
de Crescimento”. Relativamente aos Açores, Rui Constantino estimou
que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia do Mar continue a
crescer na Região, podendo criar entre dois a três mil empregos no
horizonte 2030, destacando o impacto positivo dos investimentos no
Cluster do Mar dos Açores, de que são exemplos o novo navio científico
ou o Tecnopolo Martec.Além disso, a criação de uma Rede de Áreas
Marinhas Protegidas em 30% do Mar dos Açores e o financiamento previsto
de 10 milhões de euros foi igualmente apontada por Rui Constantino como
uma oportunidade para o crescimento da Economia do Mar nos Açores,
sobretudo na área do Turismo Sustentável. Considerando os Açores
como um ‘laboratório vivo’ da Economia Azul, Rui Constantino destacou
ainda como na Região a ciência, a conservação e a atividade económica
podem caminhar lado a lado. Por seu lado, o presidente do júri das
100 Maiores Empresas dos Açores, Álvaro Dâmaso, aproveitou a presença do
Presidente do Governo Regional para alertar que os Açores necessitam da
SATA e que esta não pode ser entregue “de qualquer maneira” no âmbito
do processo de privatização em curso. O administrador da Açormedia,
Pedro Melo, afirmou que “as empresas que hoje destacamos representam o
que de bom temos entre nós: a resiliência, a visão de futuro e a
confiança nos Açores”, considerando que “é isso que esta revista procura
traduzir, ano após ano - a excelência regional, feita de trabalho, de
coragem e de resultados”.Pedro Melo lembrou ainda que o Açoriano
Oriental, o mais antigo jornal de Portugal, “soube ao longo do tempo
reinventar-se e superar obstáculos”.A diretora editorial do Açoriano
Oriental, Paula Gouveia, concluiu afirmando que o lançamento da
revista 100 Maiores Empresas dos Açores “tornou-se um ritual de
celebração anual do engenho, da resiliência e do empreendedorismo das
nossas empresas”, lembrando que “as empresas são mais do que números:
são pessoas, visão, conhecimento, estratégia, trabalho, ambição e
sacrifício”.