Próximo OE terá medidas no âmbito do reforço da capitalização das empresas
OE2023
13 de set. de 2022, 14:05
— Lusa/AO Online
Intervindo
na sessão de abertura do lançamento no novo ‘website’ do Guia do
Emitente, em Lisboa, Fernando Medina aproveitou para destacar “o que
será um pilar no próximo Orçamento do Estado na dimensão associada ao
reforço estrutural da economia que é a centralidade que” será dada “aos
instrumentos de reforço de capitalização as empresas”.Este
reforço dos capitais próprios, disse o governante, “vem num momento
particularmente oportuno”, sendo a “resposta adequada” num momento em
que, como o atual, as taxas de juro estão a subir.“A
resposta adequada ou a oportunidade que se abre num momento de subida
das taxas de juro é sabermos transmitir uma mensagem muito clara a todo o
setor económico e produtivo que é essencial o reforço da base de
capitais próprios”, não só para a estabilidade das empresas, como no
desenvolvimento de projetos futuros e solidez do sistema financeiro,
destacou Fernando Medina.Sem entrar em
detalhes nem responder, já à margem da sessão, às questões dos
jornalistas sobre o conteúdo destas medidas, Medina disse apenas que
esta é uma área onde o Governo "tem vindo a trabalhar" e na qual
apresentará “medidas concretas, efetivas”.Durante
a sua intervenção, Fernando Medina destacou ainda outras prioridades na
atuação do Governo, apontado nomeadamente a manutenção do “foco” na
simplificação do enquadramento jurídico e regulatório nacional e medidas
– cuja apresentação, disse, está para breve – de natureza transversal
de apoio ao mercado e à poupança de longo prazo.“Do
lado da procura de capital ou de financiamento considera-se adequado
intervir no âmbito dos custos associados com a admissão à negociação em
mercado”, exemplificou o ministro, numa referência aos resultados da
reflexão produzida por um grupo de trabalho e que dará, “em breve”
origem à referida apresentação de medidas.“Já
no plano da oferta de capital (…) merece avaliação a dimensão dos
incentivos à detenção de médio e longo prazo de instrumentos
financeiros, designadamente no âmbito da regulação nacional do produto
individual de reforma pan-europeu seguindo a recomendação” de Bruxelas, à
semelhança do que sucede “noutros produtos semelhantes como os Planos
de Poupança-Reforma (PPR)”, disse.O Guia
do Emitente, uma nova ferramenta digital, visa, segundo a CMVM,
“acompanhar e ajudar as empresas a tomarem decisões informadas de
financiamento, com base no conhecimento das alternativas”, para que
possam “considerar aquelas que melhor se adaptam à sua visão e ambição”.O
Guia do Emitente disponibiliza, assim, informação sobre “as etapas da
jornada de acesso ao mercado de capitais” – desde o planeamento até à
admissão à negociação, passando pela preparação e pela oferta – dando a
conhecer “as características, vantagens e desvantagens das diferentes
opções disponíveis às empresas”.