Proteção Civil alerta que abalos podem continuar por meses e pede "tranquilidade vigilante"
Açores/Sismos
4 de abr. de 2022, 16:18
— Lusa/AO Online
Em declarações aos jornalistas
após o 'briefing' diário sobre a situação na ilha de São Jorge, Eduardo
Faria disse que, apesar de se assistir "nos últimos dias" a um padrão da
atividade sísmica mais baixo do que em dias anteriores, a população
"não deve baixar a guarda" e nem deixar de ter em consideração as
medidas de precaução."Era esta a mensagem
que queria transmitir para as pessoas não pensarem que isto já acabou.
Isto pode demorar um dia, uma semana, um mês ou um ano", sustentou o
presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
(SRPCBA).O responsável lembrou que aquela
ilha do arquipélago dos Açores se mantém com o nível de alerta vulcânico
V4 (ameaça de erupção) de um total de sete."As
pessoas deverão manter a sua normalidade em termos das atividades
diárias, mas é completamente imprevisível, não podemos avançar quanto
mais tempo ou se poderão reduzir as ações de prevenção", afirmou Eduardo
Faria.Apesar da diminuição no número de
sismos sentidos pela população nos últimos dias, o presidente da
Proteção Civil vincou que a população deve manter uma postura de
tranquilidade, mas com a vigilância e com os cuidados que é preciso ter e
que as autoridades têm transmitido. Quanto
à identificação que a Proteção Civil esteve a fazer, dos portos
operáveis de São Jorge para preparar para uma eventual evacuação da ilha
por via marítima, devido à crise sismovulcância, o responsável adiantou
que já foi dada essa "informação" ao Comando Operacional dos Açores. Segundo
Eduardo Faria, no domingo “foram feitos os restantes "reconhecimentos
aéreos, que estavam previstos, através de drones tanto às fajãs como aos
portos"."Foram identificados alguns
portos utilizáveis e também alguns caminhos de circulação na
eventualidade de ativação do plano de evacuação, através dos recursos da
Marinha e dos drones para a eventualidade de uma evacuação por via
marítima. Hoje irá ser continuado este trabalho", referiu.A
Proteção Civil também esteve a “analisar” as imagens captadas na zona
dos Rosais para “perceber até que ponto é que há alguma fragilidade ou
algum risco em termos de vertente ou de possíveis derrocadas”.De
acordo com Eduardo Faria, estas imagens vão ser agora "analisadas pelo
CIVISA para avaliar as condições de estabilidade e segurança daquela
zona após a vigia da Baleia".Questionado
se há alguma decisão em termos de encerramento das fajãs, o
brigadeiro-general esclareceu que "nenhuma fajã está encerrada", embora
sejam de evitar visitas permanentes aqueles locais."Não há nenhuma decisão em termos de encerramento ou de proibição há só uma questão de prevenção", assinalou.