Proposta de programa para as alterações climáticas nos Açores em discussão pública
13 de out. de 2017, 10:00
— Lusa/AO Online
“O PRAC
apresenta elevada relevância estratégica, em termos regionais ou
setoriais, tendo em conta que permite quantificar e minimizar as
emissões de gases com efeito de estufa e reduzir a vulnerabilidade e
exposição aos riscos climáticos, aumentar a resistência a eventos
meteorológicos extremos e/ou melhorar a capacidade de resposta em
situação de emergência”, refere o documento, disponibilizado no sítio da
Internet do Governo Regional.Em declarações à agência Lusa, o
diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, considerou que a região
“irá ficar dotada de um instrumento de ordenamento”, um plano setorial
direcionado “para as alterações climáticas, um dos principais desafios
que se coloca ao mundo”.Hernâni Jorge adiantou que o documento
aborda a implementação de medidas que “visam a redução da emissão de
gases com efeito de estufa e o estabelecimento de um sistema de
inventário com atualização anual das emissões", além de uma outra
componente com “maior impacto territorial e setorial”, a adaptação do
arquipélago às alterações climáticas.Para o responsável, em
territórios insulares como os Açores prevê-se o aumento da temperatura e
a subida do nível das águas do mar com impactos nas atividades
económicas, erosão costeira e intrusão salina nas águas subterrâneas,
por exemplo. O PRAC vai estar em discussão pública até 15 de
novembro, prevendo-se que a proposta seja submetida à Assembleia
Legislativa Regional para debate e votação no início de 2018.“Durante
o mês de novembro será concluída a fase da discussão pública, sendo
feita a ponderação das participações e, posteriormente, será elaborada
uma proposta final, até final do ano, a submeter ao Conselho do
Governo”, esclareceu o diretor regional do Ambiente, adiantando que
depois é remetida ao parlamento regional.Hernâni Jorge esclareceu
que o atraso na elaboração da proposta, cuja conclusão esteve prevista
para abril, se deveu a um pedido de prorrogação por parte do consórcio
ao qual foi adjudicada e do ajustamento do documento aos pareceres
técnicos que o grupo de acompanhamento e a administração regional,
através de vários departamentos, foi fazendo chegar à equipa projetista.A
decisão de elaborar uma estratégia para fazer face às alterações
climáticas foi tomada pelo Governo Regional em maio de 2014. O trabalho
está orçado em 500 mil euros.