Proposta apresentada no contexto mais difícil da história - Ministra Agricultura
OE2021
10 de nov. de 2020, 11:30
— Lusa/AO Online
“Apresentámos este orçamento
num contexto particularmente difícil, talvez o mais difícil da nossa
história recente atendendo a esta pandemia”, afirmou Maria do Céu
Antunes, que falava numa audição parlamentar conjunta nas comissões de
Orçamento e Finanças e Agricultura e Mar.Conforme
destacou a governante, “apesar destes desafios”, o setor agrícola soube
responder e adaptar-se, dando provas da sua resiliência. Citando
dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a titular da pasta da
Agricultura lembrou que as exportações agroalimentares subiram 3,2% até
agosto, enquanto as da agricultura avançaram 7,1%.Por
sua vez, o grau de autoaprovisionamento, que analisa a produção face ao
consumo, continua em 85%, enquanto a taxa de cobertura das importações
face às exportações passou de 36% em 2000 para 64% em 2019.Na
sua intervenção inicial, Maria do Céu Antunes notou ainda que os dados
mais recentes apresentam uma evolução ainda mais positiva, não avançando
outros números.A governante sublinhou
também que para estes resultados contribuíram o esforço dos agricultores
e um conjunto de medidas do executivo, por exemplo, a antecipação dos
pedidos de pagamento, o reforço dos pagamentos diretos e o apoio ao
setor do vinho. Em resposta ao PSD, a
ministra garantiu que não pretende “fazer ilusionismo”, esclarecendo
que, neste exercício, os agricultores portugueses vão contar com uma
despesa efetiva de 1.186 milhões de euros, mais 1,8% do que em 2020.“Não há ilusionismo nem malabarismo, há um trabalho efetivo para responder ao esforço dos agricultores”, concluiu.Em
12 de outubro, o Governo entregou, no parlamento, a proposta de lei do
OE 2021, na qual prevê, para este ano, uma recessão de 8,5% e que a
economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, “ano em que se alcança um
nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica”.