Projeto do Museu da Construção Naval no Pico arranca ainda "nesta legislatura"
10 de nov. de 2022, 16:55
— Lusa/AO Online
A informação foi avançada
pela secretária regional da Educação e dos Assuntos Culturais, depois de
ter reunido, quarta-feira, na ilha do Pico, com a Câmara Municipal de
São Roque, Junta de Freguesia de Santo Amaro e com o grupo Amigos do
Museu.Citada numa nova divulgada pelo
Governo Regional, Sofia Ribeiro explicou que as reuniões com as
entidades serviram essencialmente para reunir “toda a informação”,
através de um “trabalho de articulação” e “multinível” sobre a
construção naval em Santo Amaro.“As várias
entidades, individualidades e os familiares de antigos construtores
navais, que têm uma riqueza popular e local que tem que ser aproveitada,
foram, ao longo dos anos, reunindo informação e têm peças que podem ser
cedidas para uma eventual exposição”, anunciou.A
governante garantiu que, depois de reunida “toda a documentação e
informação”, será “definido aquilo que deve constituir o projeto de
musealização” para o Museu de Construção Naval em Santo Amaro, a
constituir mais um núcleo do Museu do Pico.Sofia
Ribeiro explicou que o anterior executivo “desenvolveu o projeto em
duas fases”, culminando apenas em “programas de intenções”.Numa
primeira fase, em maio de 2016, foi definido “um projeto de construção
de um museu orçado em 3,5 milhões de euros, sem IVA”, que incluía apenas
a infraestrutura e não contava “com o espólio que seria de dispor”, e
foram adquiridos “dois terrenos em junho” do mesmo ano.Já
numa segunda fase, em janeiro de 2017, depois de decorridas eleições,
“o novo governo socialista alterou esse projeto”, concluindo “que havia
um sobredimensionamento, relativamente àquele que podia ser um projeto
de musealização”, acrescentou.Segundo a
governante, os documentos que a tutela tem neste momento, e que foram
apresentados durante as reuniões, são “programas muito básicos”, que
classificou “como esboços”, quer no que concerne “a um possível programa
preliminar”, quer a “programas museográficos”.“Há
peças que já foram cedidas, da mais diversa tipologia, e também algumas
embarcações, que estão guardadas em sítios diferentes. Sabemos que há
vídeos e que há entrevistas que a Câmara Municipal detém; sabemos que há
informação e há publicações diversas. Aquilo que nós não temos é a
compilação de tudo isso num projeto museográfico, integrado num programa
preliminar”, referiu.