Projeto dá a conhecer tecnologias para acelerar digitalização de empresas da Macaronésia
25 de mai. de 2022, 11:22
— Lusa/AO Online
Em
declarações à Lusa, o coordenador do projeto europeu FiiHUB, no qual se
insere a FIWARE Camp Madeira, explicou que o objetivo é “promover as
tecnologias ‘fiware’, que são um conjunto de componentes ‘software’
gratuitos, de código aberto e permitem acelerar a digitalização, seja de
empresas, seja administração pública”. David
Aveiro realçou que estas tecnologias se centram na “recolha e
processamento de dados, através de vários sensores, e permitem construir
serviços sobre os mesmos e disponibilizar informação de forma resumida,
compilada e centralizada”.“Podem aplicar-se, por exemplo, na gestão do tráfego, dos estacionamentos, ver como está a evoluir a poluição”, referiu. Hoje
e quinta-feira, a Madeira acolhe a FIWARE Camp, no Colégio dos
Jesuítas, no Funchal, com um conjunto de sessões destinadas aos técnicos
e às empresas da Macaronésia (Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde),
que queiram conhecer a utilidade destas tecnologias. O
objetivo é que “estes componentes estão disponíveis de forma gratuita e
aberta para as empresas e as administrações públicas possam beneficiar
destas tecnologias”.Serão também
organizados ‘workshops’ para “que os informáticos das empresas possam
pôr as mãos na massa”, destacou o coordenador do projeto. O
secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, presente na abertura
da FIWARE Camp, afirmou que a Madeira tem mercado para projetos deste
género, argumentando que a região “tem vindo a posicionar-se de forma
muito afirmativa nesse contexto”.“E
recordo que a transição digital que está a ocorrer ao nível do sistema
educativo é também já a afirmação de que a Madeira pode efetivamente
assumir-se como uma plataforma digital no Atlântico”, defendeu o
governante. Jorge Carvalho recordou ainda
que “a Madeira será a primeira região 5G”, considerando que “aí está
mais um indicador de que efetivamente todas as plataformas digitais que
possam suportar os negócios são, sem dúvida alguma, algo muito
importante para as empresas e que deve ser explorado e assimilado pelas
mesmas como fator de competitividade”.O
FiiHUB teve início em 2020, estando o seu fim previsto para o final
deste ano, e representa um investimento de 100.000 euros, 85% dos quais
financiados por fundos europeus.