Programa do Governo da Madeira tem de incluir componente de obras públicas
28 de out. de 2019, 18:37
— Lusa/AO Online
“Temos de
conciliar tudo, até porque as obras públicas são importantes na
Madeira”, afirmou Miguel Albuquerque, no decorrer da visita que efetuou
hoje à obra de regularização do troço final da Ribeira da Madalena do
Mar.O governante social-democrata disse
ser necessário incluir no Programa do Governo Regional de coligação
PSD/CDS, que resultou das eleições regionais de 22 de setembro, tem de
incluir obras públicas como a “manutenção e reabilitação de edifícios
dos centros de saúde, escolas e acessibilidades”.Albuquerque
referiu ser necessário também “dar continuação ao programa de
acessibilidades na Madeira” e de reabilitação de “infraestruturas
fundamentais”.“Isso obriga a termos sempre
uma política de obras públicas”, salientou, lembrando que o Hospital do
Funchal "é a principal obra, que ascende a 330 milhões de euros".O
líder do executivo regional acrescentou que existe ainda “um conjunto
de obras importantes”, entre as quais “ampliação do porto do Funchal”,
além da ligação entre o Estreito e o Jardim da Serra, no concelho de
Câmara de Lobos.O programa do Governo da
Madeira de coligação PSD/CDS será debatido e votado na Assembleia
Legislativa da Madeira entre os dias 11 e 13 de novembro.Miguel
Albuquerque mencionou também que o Governo da Madeira tem de trabalhar
para resolver o problema da extração de inertes na região, devido a
denúncias de ações de caráter ilegal que têm ocorrido por parte de uma
das construtoras na região.“Dei instruções aos organismos de fiscalização do Governo para atuarem em conformidade com a lei”, garantiu.Contudo,
defendeu ser preciso pensar num "novo enquadramento jurídico para que a
extração dos inertes decorra dentro daquelas que são as normas
ambientais, em conformidade com a maior transparência”.No
entender de Miguel Albuquerque, é preciso “resolver este problema",
visto ser “necessário existirem inertes para as obras”, argumentando que
o processo tem de ser “transparente sem por em causa a sustentabilidade
ambiental e a riqueza paisagística e em termos de património natural”.“A
lei tem de ser cumprida. Temos que acabar com esta polémica, temos que
enquadrar uma atividade industrial que é importante para o
desenvolvimento e investimento da região em termos ambientais”,
destacou.Miguel Albuquerque considerou que
a solução “passa no fundo por identificar áreas onde a extração de
inertes possa ocorrer, com planos de reposição paisagística e sem afetar
o ecossistemas da região”.Sobre a obra
que visitou, o governante indicou que começou em maio e tem conclusão
prevista para novembro do próximo ano, representando um investimento de
6,7 ME.“É uma obra muito importante
porque, em 2010, quando houve o temporal, a ribeira transbordou e afetou
muitas habitações e negócios aqui na zona. É uma obra preventiva e que
visa conferir mais segurança” à população e seus bens, concluiu.