Profissionais de saúde dos Açores com dístico para passarem postos de controlo
Covid-19
9 de abr. de 2020, 14:22
— Lusa/AO Online
Segundo avançou o
presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
(SRPCBA), Carlos Neves, “hoje (quinta-feira) ainda vão ser entregues dísticos para os
carros dos profissionais de saúde que não residam no concelho onde
trabalham”, para que possam passar rapidamente nos postos de controlo
implementados na ilha de São Miguel, cujos seis concelhos estão sob
cercas sanitárias.O responsável, ouvido, por videoconferência, pela Comissão Política Geral do parlamento
açoriano, acrescentou ainda que estes profissionais poderão utilizar os
corredores que foram já criados para a circulação de pesados, “não tendo
que ficar parados, não havendo necessidade de controlo”.Na
audição requerida pelo CDS-PP, em que foi também ouvida a secretária
regional da Saúde, Carlos Neves esclareceu que, a cerca sanitária que
restringe a circulação entre os seis concelhos micaelenses, tem,
atualmente, 14 postos de controlo e 16 barreiras físicas, sendo que
“hoje vão ser colocadas mais três” barreiras.A
operação “tem vindo a melhorar todos os dias”, depois de terem sido
detetados “alguns postos que eram redundantes”, considerou.No
terreno estão 150 efetivos, que trabalham por turnos, uma diminuição
dos 400 efetivos iniciais, “mantendo a eficiência”, já que este trabalho
“provoca terrível desgaste e é preciso haver uma certa poupança”,
explicou o responsável pelo comando da proteção civil regional,
garantindo que foram distribuídos equipamentos de proteção individual
por todos os profissionais.O dirigente
adiantou ainda que, nestes postos de controlo, foram detetadas “três
pessoas que deviam estar em quarentena e que andavam a passear”, assunto
que foi remetido ao Ministério Público.Questionados
sobre a possibilidade de montar um hospital de campanha na região, a
secretária regional da Saúde, Teresa Luciano, garantiu que “foi feito
prontamente um pedido às Forças Armadas de um hospital de campanha, já
com equipa, para prontamente responder aos Açores em caso de
necessidade”.Esta resposta será acionada
caso haja necessidade, esclareceu Carlos Neves, adiantando que esse
material demoraria “cerca de três dias a chegar à região e outros tantos
a ser montado” e que “os Açores, provavelmente, não precisarão de um
hospital de campanha completo, mas de dois ou três módulos”.Em
relação às evacuações aéreas, Teresa Luciano garantiu que “estão a
funcionar em pleno”, em articulação com a proteção civil, sendo que
continua a haver apenas uma tripulação por cada aeronave.A governante mencionou ainda que “foi reforçada a formação da tripulação em proteção individual e cuidados a ter com doentes”.