Professores na rua a recolher postais que podem acabar na caixa de correio do PM
12 de nov. de 2018, 09:14
— Lusa/AO Online
A
Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai estar nas ruas e
junto às escolas das capitais de distrito das regiões Centro, Lisboa e
Vale do Tejo e Sul com o objetivo de trazer apoio popular para a luta
dos professores pela contagem integral dos nove anos, quatro meses e
dois dias de tempo de serviço congelados, estando há praticamente um ano
num braço-de-ferro com o Governo sobre a matéria. Terça-feira a Fenprof marca presença nas capitais de distrito da região Norte. Mário
Nogueira, secretário-geral da Fenprof, explicou à Lusa que o objetivo é
que “fique claro que as pessoas não estão contra a luta dos professores
e a consideram justa”.A Fenprof vai pedir ainda a cada professor que traga para a luta um ‘não-professor’.O
envio, ou não, dos postais ao primeiro-ministro fica dependente do que
ficar decidido na versão final do Orçamento do Estado para 2019, que vai
ser votada a 29 de novembro.A
Fenprof exige que o orçamento do próximo ano contabilize uma verba que,
pelo menos, dê início à recuperação do tempo congelado, mas nos termos
em que os sindicatos reivindicam, ou seja, os nove anos, quatro meses e
dois dias.Os
sindicatos de professores rejeitam a proposta avançada unilateralmente
pelo Governo de contar apenas dois anos, nove meses e 18 dias, que
apenas acontecerá para cada professor no momento da sua próxima
progressão de escalão.Os
professores depositam as suas esperanças no parlamento, esperando que
os grupos parlamentares acolham a proposta dos sindicatos de adotar a
solução encontrada na região autónoma da Madeira, que prevê a
recuperação de todo o tempo, de forma faseada, até 2025, ao ritmo de
cerca de um ano e meio de serviço por cada ano civil.