Professores iniciam em Lisboa greve de 18 dias por distritos
16 de jan. de 2023, 07:19
— Lusa/AO Online
A
greve foi convocada por uma plataforma de oito organizações sindicais:
Fenprof, a ASPL, a Pró-Ordem, o SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU.Depois
do primeiro dia em Lisboa, a paralisação prossegue em Aveiro, Beja,
Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria,
Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu,
terminando no Porto no dia 08 de fevereiro.À
semelhança do que vai acontecer em Lisboa, estão previstas
concentrações nas capitais de distrito para o dia em que estiverem em
greve.Os oito sindicatos, que inicialmente
tinham considerado que não era o “momento adequado” para uma greve, uma
vez que decorria o processo negocial com o Ministério da Educação sobre
o regime de concursos, decidiram convocar a paralisação depois de terem
dado à tutela um prazo para recuar em algumas das propostas
apresentadas nas negociações anteriores e abrir novos processos
negociais sobre outras matérias.O prazo
terminou no dia 10 de janeiro, sendo que, na véspera, o Ministério da
Educação tinha convocado a terceira ronda negocial para os dias 18 e 20,
em que se discutiriam também uma proposta de calendário negocial sobre
outros temas.No entanto, o
secretário-geral da Fenprof explicou que as ações de luta agendas iriam
manter-se como previstas, porque "a convocação de uma reunião, por si
só, não altera nada".Na sexta-feira, no
final do acampamento que ocupou, durante quatro dias, a frente do
Ministério da Educação, Mário Nogueira disse ainda que a partir do dia
20 de janeiro está tudo em aberto.“Diria
que é um dia chave”, afirmou, acrescentando que o Ministério tem de ir
ao encontro das reivindicações dos docentes porque “reuniões sem
soluções não dão resposta aos problemas”."Queremos
que a reunião de dia 20 seja marcante e se não houver as respostas que
queremos, prosseguimos até ao dia 11 de fevereiro", acrescentou,
recordando que nesse dia se realiza uma manifestação em Lisboa.Nessa altura, os professores avaliam novas ações de protesto que juntem, preferencialmente, as várias organizações sindicais.A
greve por distritos realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras
duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo
STOP, que se iniciou em 09 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até
ao final do mês, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas
convocada pelo SIPE, deverá prolongar-se até fevereiro.Os
professores contestam algumas das propostas apresentadas pelo
Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de
mobilidade e recrutamento de pessoal docente, mas reivindicam também
soluções para problemas mais antigos, relacionados com a carreira
docente, condições de trabalho e salariais.