Professores dos Açores entregam abaixo-assinado para exigir descongelamento de carreiras
27 de out. de 2017, 19:17
— Lusa/AO online
"Este
abaixo-assinado tem como objetivo propor ao governo a abertura de um
processo negocial tendo em vista a recuperação dos sete anos de tempo de
serviço congelado na carreira docente aqui na região", disse António
Lucas, presidente do sindicato após a entrega do documento, no Palácio
de Santana, em Ponta Delgada. O sindicalista dirigiu-se à residência oficial do presidente do governo regional dos Açores
esta tarde, acompanhado por docentes associados do SPRA, onde foi
recebido por Luísa Schanderl
, chefe de gabinete de Vasco Cordeiro. António Lucas lembra o compromisso assumido pelo governo regional de que os professores dos Açores
"fariam no limite uma carreira com 37 anos de serviço" e que a única
forma de o concretizar é através da "recuperação deste tempo de serviço
congelado". "Muitos docentes sem esta recuperação vão passar o
resto da vida no limite a ganhar 1500 euros líquidos. Relembramos que
foi o próprio Governo a assumir o compromisso que ninguém faria uma
carreira com mais de 37 anos", lembrou. O presidente do SDPRA
entregou o abaixo-assinado, que está a decorrer há cerca de quatro
semanas, com 2.320 assinaturas, tendo cerca de 750 sido obtidas online,
lembrando que agora "a bola está no lado do Governo". O sindicalista espera agora que o executivo açoriano aceite "o processo negocial". "Estamos
como sempre abertos ao diálogo e à negociação, se eventualmente, o
Governo fizer orelhas mocas a esta proposta do sindicato nós temos de
ponderar a realização de plenários e de outras formas de luta, com
certeza. Em última instância podemos passar por uma greve de carácter
regional porque o nosso interlocutor num processo negocial é o governo
regional, portanto no limite poderemos ter de passar por uma greve
regional", sublinhou.