Proenergia recebeu 586 candidaturas para produção de energia renovável nos Açores em 2019
30 de jan. de 2020, 21:00
— Lusa/AO Online
Os
dados relativos ao sistema açoriano de incentivos à produção de energia
a partir de fontes renováveis Proenergia do ano de 2019 foram
apresentados, em Ponta Delgada, pela diretora regional da Energia,
Andreia Carreiro.Segundo a governante, ao
dados mostram que, desde 2016, houve um aumento de 82% nas candidaturas,
que corresponderam a 586 no ano passado.Andreia
Carreiro apontou ainda para um crescimento de 111% no montante
subsidiado nos últimos três anos, afirmando que os apoios dados em 2019
totalizaram 437 mil euros, o que representou um acréscimo de 34% em
relação a 2018.Os particulares são quem
mais se candidata aos apoios concedidos pelo Governo Regional,
totalizando 539 pedidos, sendo que 38 candidaturas foram de empresas e
as restantes nove de outras entidades, como Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS).No entanto, a diretora regional apontou que existem outros programas de que as empresas beneficiam, como o Competir+.Em
2019, o Proenergia apoiou um total de 662 equipamentos, 69% dos quais
foram bombas de calor para produção de água quente, seguindo-se os
recuperadores de calor, para apoio à produção de energia calorífica
(24%), o sistema solar térmico, também para aquecimento de água (4%) e,
por último, os recursos solares para apoio à produção de energia
elétrica para autoconsumo (3%).Também
presente na sessão, a secretária regional da Energia, Ambiente e
Turismo, Marta Guerreiro, considerou que este programa “é mais uma forma
de dar resposta aos objetivos” da política energética do executivo
açoriano, “com enfoque na redução das emissões de gases com efeito de
estufa”.“É também com este contexto, que
assistimos à evolução de redes elétricas tradicionais para redes
elétricas inteligentes, onde o utilizador final passa a ser peça-chave
para as abordagens de resposta dinâmica da procura, passando a ter a
possibilidade de produzir, armazenar e consumir energia”, afirmou a
responsável pela tutela.A governante
lembrou ainda que a Assembleia Legislativa dos Açores aprovou, ano
passado, “uma profunda alteração deste programa, tornando-o mais
abrangente”, que inclui medidas como “o alargamento do espetro dos
equipamentos contemplados”, “a abrangência do armazenamento de energia
elétrica” ou a “equiparação de todos os sistemas para a produção de
águas quentes”.O montante mínimo de
investimento foi alterado de 1.000 para 500 euros, o apoio concedido às
IPSS foi aumentado de 4.000 para 20.000 euros e foram criadas majorações
para “projetos que se localizem em áreas distinguidas pelo seu
património ambiental, como é o caso dos territórios pertencentes à Rede
Mundial Reserva da Biosfera da UNESCO (ilhas do Corvo, Flores, Graciosa e
São Jorge)”, afirmou.