Processo de beatificação de Maria Vieira vai seguir para Roma

A Diocese de Angra vai encerrar formalmente na próxima sexta-feira, 1 de novembro, dia de Todos-os-Santos, a chamada ‘fase diocesana’ do processo de beatificação/canonização da açoriana Maria Vieira, que seguirá agora para o Vaticano, em Roma, para ser entregue no Dicastério das Causas dos Santos.A sessão solene de clausura vai decorrer na Igreja de São Sebastião, em Angra do Heroísmo, pelas 16 horas, contando com uma conferência do investigador Ricardo Madruga da Costa e o compromisso de todos os que trabalharam na recolha de testemunhos e na instrução deste processo.O processo teve como promotor inicial o pároco de São Sebastião, o padre Domingos Graça, e como postulador da causa o cónego Manuel Carlos Alves, atual Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo.Citado pelo Sítio Igreja Açores, o cónego Manuel Carlos Alves afirmou que o trabalho desenvolvido “garante que todos os passos necessários à organização do processo foram dados com fidelidade”, considerando ainda que “este processo foi relativamente fácil porque a Maria Vieira morreu com pouca idade, o que fez com que não existissem documentos da sua  autoria que fosse  necessário estudar do ponto de vista da ortodoxia teológica”.Citado pelo Sítio Igreja Açores, também o cónego Hélder Miranda Alexandre, Promotor de Justiça do processo, afirmou que este foi um trabalho árduo desenvolvido por várias pessoas que agora chega ao fim na diocese, lembrando que “no último ano encerrámos a recolha; elaborámos a publicação dos autos e formalizámos a não existência de culto”. Conforme refere o Sítio Igreja Açores, o entusiasmo pelo processo percorreu três episcopados, mas só em fevereiro de 2018,  o então bispo de Angra, D. João Lavrador, deu indicações para o processo andar. O Sítio Igreja Açores explica que Maria Vieira faleceu a 5 de junho de 1940. A sua história é semelhante à de Maria Goretti, a menina Italiana que no final do século XIX perdeu a vida a defender a sua virgindade e que foi canonizada em 1950. O lugar do martírio de Maria Vieira é ainda hoje objeto de romaria por muitas pessoas que ali vão em sinal de gratidão e nos momentos de aflição.