Primeiros a ser vacinados serão conhecidos em dezembro
Covid-19
18 de nov. de 2020, 17:56
— Lusa/AO Online
Como
armazenar as vacinas, onde será feita a toma e quem serão os primeiros a
ser vacinados são algumas das decisões em cima da mesa que deverão ser
tornadas públicas "no início de dezembro", revelou a ministra da
Saúde.Para já, “há a possibilidade de uma
das primeiras vacinas estar calendarizada para chegar em janeiro”,
disse, durante a conferência de imprensa para o balanço da pandemia de
covid-19 em Portugal.Marta Temido referiu
que o processo está a ser desenvolvido pela Comissão Europeia, com o
objetivo de conseguir que “os cidadãos tenham acesso a vacinas seguras e
eficazes, em tempo igual para todos” e a preços comportáveis.A
cada país cabe a tarefa de operacionalizar a toma e definir quais serão
os grupos prioritários. Em Portugal, o plano será conhecido em breve:
“Os organismos técnicos estão a trabalhar com resguardo, com
tranquilidade, e apresentarão publicamente o planeamento num prazo
relativamente curto, no início do mês de dezembro, o mais tardar”.A
ideia é conseguir uma “administração rápida da vacina” assim que esteja
disponível: “Estamos a preparar para caso a vacina chegue em janeiro, a
resposta seja efetiva”.O planeamento vai
desde decidir quem deve ser vacinado, onde devem ser armazenadas as
doses, quem serão os profissionais de saúde encarregues deste trabalho
ou como devem ser distribuídas as vacinas: “Colocamos em centros de
saúde ou em centros de vacinação?”, exemplificou.Marta
Temido admitiu que este é um trabalho complexo que obriga a desenhar
vários cenários, uma vez que as eventuais vacinas apresentam
características diferentes. “Temos ainda
informação relativamente limitada sobre as indicações de cada uma das
potenciais vacinas que vão surgir no mercado e por isso estamos a
trabalhar num cenário de incerteza”, explicou.“O
que queremos que aconteça e que o país esteja preparado para assegurar o
armazenamento, a distribuição e a administração segura”, reforçou.A
governante explicou que o país “tem de estar preparado” para fazer uma
distribuição segura no que toca a garantir os circuitos de transporte,
ter profissionais alocados para a administração das vacinas, ter os
registos informáticos assim como garantir que são anotadas “reações
adversa que eventualmente surjam”.Quanto à
vacina que deverá vir a ser escolhida, Marta Temido lembrou que essa é
uma decisão que ainda não está tomada e que depende de vários fatores,
desde as condições de segurança, eficácia e temporalidade assim como com
a transparência associadas ao processo.