Primeiro-ministro hoje em Rabat na 13ª Cimeira Luso-Marroquina
4 de dez. de 2017, 08:05
— Lusa/AO Online
Com António Costa
viajam também para a capital política marroquina os ministros da
Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do Mar, Ana Paula Vitorino, assim
com os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação,
Teresa Ribeiro, da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, e da
Energia, Jorge Seguro Sanches.A
delegação portuguesa integra ainda os presidentes da Agência para o
Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro
Henriques, do Instituto Camões, Luís Faro Ramos, e da Agência para a
Modernização Administrativa (AMA), Pedro Silva Dias.Hoje,
o primeiro ponto do programa do líder do executivo português ocorrerá
ao início da tarde, quando se deslocar ao mausoléu imperial para depor
uma coroa de flores nos túmulos dos reis Mohammed V e Hassan, II (avô e
pai do atual monarca Mohammed VI).Neste
primeiro dia, em paralelo com os encontros setoriais entre membros dos
dois governos, António Costa encontra-se a sós com o seu homólogo
marroquino, Saadeddine El Othmani, no final do qual estão previstas
declarações à imprensa.Tal
como há 15 dias em Tunes, por ocasião da Cimeira Luso-Tunisina, a
agenda de António Costa em Rabat terá sobretudo uma componente
institucional e política na segunda-feira, e uma natureza eminentemente
económica na terça-feira.As
principais prioridades para esta cimeira, pela parte portuguesa, passam
pelo reforço da segurança, sobretudo ao nível da prevenção e combate ao
terrorismo - um tema considerado central para o Reino de Marrocos - e
pelo reforço das relações económicas e empresariais no plano bilateral.No
campo da energia, os governos português e marroquino estão a concluir
os estudos para iniciar durante o primeiro semestre de 2018 a construção
de um cabo de interligação elétrica entre os dois países, que terá uma
extensão de 220 quilómetros.Este
projeto de investimento para a construção do cabo de interligação
elétrica está avaliado entre 500 e 700 milhões de euros, tendo como
modelo técnico e financeiro o esquema de operação usado na ligação
edificada entre a Holanda e o Reino Unido, que custou cerca de 600
milhões de euros."No
plano técnico, o cabo de interligação elétrica permitirá a Portugal
vender energia a Marrocos em alguns momentos de um determinado dia e,
eventualmente, comprar em outras alturas desse mesmo dia. O transporte
de energia far-se-á nos dois sentidos", disse à agência Lusa fonte do
executivo.De
acordo com os estudos, que se encontram em fase de conclusão, o cabo
deverá ligar a zona de Tavira, no Algarve, à cidade marroquina de
Tânger.Em
matéria de relações económicas, de acordo com dados do Governo
português, mais de 1.300 empresas nacionais estão a exportar para o
mercado marroquino, país que registou no ano passado um crescimento
económico na ordem dos 4%.Para
o Governo liderado por António Costa, Marrocos é um mercado com "fortes
potencialidades de expansão" para os produtos portugueses, sobretudo
pela sua proximidade geográfica, e constitui já um importante parceiro
comercial".Marrocos, segundo os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE), foi o décimo cliente de Portugal em 2016.