Primeiro-ministro francês é reeleito autarca no Havre
29 de jun. de 2020, 10:27
— Lusa/AO Online
Foi o primeiro autarca a assumir a vitória e
também um dos discursos mais esperados da noite, num momento em que o
primeiro-ministro vê a sua popularidade nos píncaros e se fala, ao mesmo
tempo, de remodelação governamental."No
Havre, a escolha foi clara e eu agradeço a toda a gente que veio votar.
[...] As escolhas são feitas pelos que vieram votar e nós, como
autarcas, temos de fazer o melhor pelo bem público", indicou Philippe na
Câmara Municipal do Havre.Sem dar pistas
sobre o seu futuro político em noite de vitória, o primeiro-ministro já
tinha indicado que ir às urnas nas municipais era importante, mesmo
estando à frente do Governo."Toda a gente
conhece a situação: sou primeiro-ministro. O Presidente da República
confiou-me uma responsabilidade, eu exerço-a o melhor que posso.
Apresentei-me nas eleições porque é o que amo fazer, é o que quero fazer
e quero ser útil ao Havre", indicou Philippe em entrevista à France 3
Normandia na semana passada.Este é o
segundo mandato do primeiro-ministro no Havre e bateu-se contra o
comunista Jean-Paul Lecoq. Mas desta vez, Édouard Philippe não envergou
as cores do seu partido de sempre, Os Republicanos (direita), e partiu
para uma campanha com o apoio do Le Republique en Marche (partido que
elegeu o Presidente Macron em 2017), tendo sido seguido por muitos fiéis
de direita na cidade.Tal como prometido, o
Presidente deve falar nos próximos dias à nação sobre uma remodelação
governamental onde o lugar de primeiro-ministro pode vir a ser uma das
mudanças anunciadas na crise pós-covid, com Bruno Le Maire, ministro da
Economia, a desenhar-se como um possível sucessor.Tal
como aconteceu quando entrou no Governo, Édouard Philippe vai abdicar
do seu lugar na autarquia para se concentrar no Executivo. No entanto, e
como há algum tempo até à tomada de posse oficial dos poderes
camarários, essa pode ser a opção B caso acabe por cessar funções na
capital francesa.Esta noite, a França vai
acabar de escolher os eleitos locais de mais de 5.000 cidades após uma
primeira volta a 15 de março, pré-pandemia, que já deu a conhecer os
novos executivos em 30.000 localidades.