Primeiro congresso de Francisco César enquanto líder do PS/Açores decorre este fim de semana
25 de set. de 2024, 14:42
— Lusa/AO Online
Eleito
presidente do PS/Açores, em junho, Francisco César apresenta, no sábado,
ao congresso, para debate e votação, a moção de orientação política
global ‘Um Novo Futuro’.O 19.º congresso dos socialistas açorianos realiza-se no Teatro Micaelense e conta com a participação de mais de 150 delegados.Na
sexta-feira, intervêm o secretário coordenador da ilha de São Miguel,
André Rodrigues, o secretário coordenador de Ponta Delgada, Vítor Fraga,
e o ex-líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro.Será
ainda discutido e votado o relatório do secretariado regional do
PS/Açores, apresentado pelo deputado regional Berto Messias.No
sábado, serão apresentadas e votadas as moções setoriais, estando
prevista a participação de vários oradores convidados, como a
ex-ministra da Habitação Marina Gonçalves, o professor da Universidade
de Lisboa João Couvaneiro e o ex-secretário de Estado da Administração
Pública José Couto.A reunião magna dos
socialistas açorianos é encerrada, no domingo, por Francisco César e
pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.No
mesmo dia, serão eleitos os novos membros da comissão regional, da
comissão regional de jurisdição e da comissão regional de fiscalização
económica e financeira do PS/Açores.Eleito
com 93,3% dos votos, Francisco César foi o único candidato à liderança
regional do partido, depois de Vasco Cordeiro ter assumido o cargo
durante 11 anos.Francisco César chegou à
liderança do partido, que esteve 24 anos no poder nos Açores, quatro
anos depois de o PS passar para a bancada da oposição.Em
2020, quando Vasco Cordeiro tentava um terceiro mandato como presidente
do Governo Regional, o partido venceu as eleições, mas perdeu a maioria
absoluta e PSD, CDS-PP e PPM uniram-se numa coligação, liderada pelo
social-democrata José Manuel Bolieiro, que chegou ao governo, com apoio
parlamentar de Chega e Iniciativa Liberal.Vasco
Cordeiro manteve-se na liderança do partido e voltou a concorrer às
eleições antecipadas de 04 de fevereiro de 2024, que ocorreram na
sequência do chumbo do orçamento regional, mas a coligação venceu as
eleições e assumiu o poder, ainda que sem maioria absoluta.Quando
foi eleito, Francisco César disse que queria “inaugurar uma nova forma
de fazer política” na região, sublinhando que “ser oposição" não queria
dizer "estar contra”.“Ser oposição, quer
dizer construir, apresentar alternativas, estar de acordo naquilo que é
fundamental, naquilo que interessa a todos, naquilo que é comum, como
grandes obras, como a própria questão da [companhia aérea] SATA, como
outras matérias, como o desenvolvimento da própria autonomia, mas também
apresentar caminhos alternativos na área da educação, na área da saúde,
na área da habitação, na área do funcionamento do Estado social”,
afirmou.Ouvido
pelo presidente do executivo açoriano, no âmbito do processo de
auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para
2025, no dia 16 de setembro, o líder regional socialista manifestou
disponibilidade para viabilizar os documentos, mediante um entendimento
em 11 pontos.Francisco César, 45 anos,
formado em Economia, é deputado e vice-presidente da bancada do PS na
Assembleia da República, sendo ainda membro dos secretariados nacional e
regional do partido.O socialista, que já
foi deputado e líder da bancada do PS na Assembleia Regional dos Açores,
é filho de Carlos César, atual presidente do PS e antigo presidente do
Governo Regional açoriano.