Primeira-ministra escocesa anuncia renúncia ao cargo
15 de fev. de 2023, 11:37
— Lusa/AO Online
Sturgeon, uma fervorosa
defensora da independência da Escócia, deixa o cargo após oito anos à
frente do Governo escocês, que assumiu após a vitória do "não" no
referendo sobre a independência da Escócia do Reino Unido, realizado a
18 de setembro de 2014.No entanto, uma fonte próxima de Sturgeon declarou à BBC que a governante disse: “já chega”.Em
janeiro, o Governo britânico vetou um projeto-lei que visava facilitar o
processo de mudança de género a partir dos 16 anos na Escócia,
defendendo a decisão com a "garantia de segurança de mulheres e
crianças".A primeira-ministra da Escócia e
líder do SNP, Nicola Sturgeon, considerou esta decisão do Governo do
Reino Unido como um “ataque frontal” à autonomia do parlamento escocês.De
acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a decisão de
renúncia de Nicola Sturgeon apanhou os analistas políticos de surpresa,
apesar da controvérsia em curso sobre a questão da mudança de género.Sturgeon
prometeu levar o Governo britânico aos tribunais por ter bloqueado a
lei e argumentou que o Governo conservador do Reino Unido estava a
cometer um “erro profundo” ao vetar o Projeto de Lei de Reforma de
Reconhecimento de Género.Aclamado como um
marco por ativistas dos direitos dos transgéneros, o projeto de lei
permitiria que pessoas com 16 anos ou mais na Escócia mudassem o género
nos seus documentos de identidade por autodeclaração, eliminando a
necessidade de um diagnóstico médico de disforia de género.A
Escócia faz parte do Reino Unido, mas, como o País de Gales e a Irlanda
do Norte, tem seu próprio Governo semiautónomo com amplos poderes sobre
áreas como saúde.