Prevenção Rodoviária Portuguesa propõe alteração à formação de motociclistas
11 de jul. de 2018, 17:11
— Lusa/AO Online
Num
relatório divulgado esta quarta-feira, a Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP)
apresenta dados sobre a sinistralidade com motociclos.A
PRP avança que, em 2017, verificou-se “um forte aumento da
sinistralidade rodoviária dos utentes de motociclos”, tendo as vítimas
mortais passado de 43, em 2016, para 92, no ano passado (mais 114%), e
os feridos graves aumentado de 318 para 399 (mais 25,5%).“Esta
forte subida veio interromper uma tendência de descida de mais de uma
década, apesar do aumento significativo e constante do número de
motociclos: entre 2006 e 2016 o número de mortos tinha descido de 120
para 43 (-64%), enquanto o número de motociclos em circulação tinha
subido de 164.763 para 280.412 (+70%)”, refere a Prevenção Rodoviária
Portuguesa.O
relatório estima ser “expectável que a tendência de aumento da
utilização destes veículos se mantenha e até aumente, dado que a sua
utilização regular é ainda inferior à de países europeus com
características climatéricas semelhantes”.
Nesse sentido e para reduzir a sinistralidade entre os motociclistas, a
PRP recomenda a reformulação de todo o sistema de formação ministrada a
este tipo de condutores. Segundo
o mesmo documento, a formação de condutores de motociclos “apresenta
muitas deficiências, nomeadamente na sua vertente prática” em que a
generalidade das aulas é ministrada com o instrutor a acompanhar o
instruendo dentro de um automóvel.A
PRP sugere também que sejam alterados os conteúdos e forma do exame de
condução, tendo em conta que a formação ministrada nas escolas de
condução é aquela que é suficiente para passar nas provas de avaliação e
o exame determina o que vai ser ensinado na escola de condução.A
Prevenção Rodoviária Portuguesa sugere ainda o incentivo à utilização
de equipamentos de segurança por parte dos motociclistas e um reforço da
fiscalização, sobretudo da velocidade.