Prevalência da Ómicron pode atingir 50% no Natal e 80% no final do ano

Covid-19

17 de dez. de 2021, 13:07 — Lusa/AO Online

"Com base nas estimativas, sabemos que a prevalência desta variante ronda já os 20%, sabendo-se que poderá ser de 50% na semana do natal e de 80% na semana do final do ano", disse Marta Temido durante uma conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.A ministra disse que as estimativas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apontam para uma duplicação de casos da variante Ómicron a cada dois dia, sublinhando a “aparente menor gravidade da doença e consequente (menor) letalidade e a aparente diminuição da efetividade vacinal após o esquema primário conta a infeção”.“Sendo a efetividade vacinal contra infeção sintomática após reforço vacinal estimada em 70 a 75%, as vacinas ainda têm o seu efeito protetor”, disse a ministra, apelando para a vacinação.Marta Temido sublinhou a incerteza sobre o comportamento desta nova variante do coronavírus e afirmou que "os próximos dias serão decisivos para perceber o impacto da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 e da "resposta proporcional" aplicada com as medidas definidas pelo Governo."O que sabemos é que, se a variante se transmite mais, cada um tem de fazer mais. Mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação e mais controlo de fronteiras. Todos temos de estar preparados para fazer mais", afirmou.Marta Temido frisou ainda que numa situação de subida de casos, mesmo que com menor gravidade, subirá também o volume de pessoas a precisar de internamento e os eventuais óbitos. "Neste contexto de incerteza, precisamos de cumprir com as lições aprendidas", insistiu.Apelando aos pais para se aconselharem com os médicos assistentes e inscreverem as crianças na vacinação contra a Covid-19, e às pessoas elegíveis para avançarem no processo de reforço da vacinação, a ministra pediu maior cuidado e testagem antes dos eventos associados ao natal e final do ano."É de evitar o mais possível os contactos sociais em espaços aglomerados", disse a governante, sublinhando que o período de contenção (entre 02 e 09 de janeiro) definido pelo Governo "não pode ser visto como uma compensação, mas como um reforço do que todos somos chamados a fazer daqui até lá".