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Médio Oriente
Presidente israelita aplaude decisão de permitir ajuda em Gaza

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, aplaudiu hoje a decisão do Governo de permitir o recomeço da entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza


Autor: Lusa/AO Online

Ao saudar a decisão do Governo de Benjamim Netanyahu, de extrema-direita, Herzog descreveu-a crítica para "manter as condições humanas básicas" que permitem ao exército israelita "manter as suas capacidades militares e operar em conformidade com o direito internacional".

"Aplaudo a decisão do governo israelita de reiniciar a transferência de ajuda humanitária, que é fundamental para manter as condições humanas básicas. Isto permite-nos manter a nossa humanidade no meio desta tragédia", afirmou o Presidente israelita durante um discurso no Congresso Judaico Mundial, em Jerusalém. 

“Israel está a enfrentar um inimigo cruel e sinistro que torturou vidas inocentes, queimou, mutilou e raptou os nossos irmãos e irmãs. Nós somos melhores. Não permitiremos que o nosso inimigo nos desumanize. Temos de ser melhores. Vamos sempre liderar com a nossa humanidade", afirmou.

Herzog reconheceu que o país atravessa "momentos devastadores e sem precedentes" em consequência da "dor e agonia infligidas ao país" durante os atentados de 07 de outubro de 2023, perpetrados pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outros grupos palestinianos, que fizeram cerca de 1.200 mortos e permitiram o sequestro de cerca de 250 pessoas, segundo as autoridades israelitas.

O Presidente de Israel sublinhou também a necessidade de libertar os reféns ainda detidos em Gaza. 

"Encontramo-nos e estamos em contacto, quase de hora a hora, com familiares dos detidos e lutamos pela libertação imediata de cada um dos reféns", disse, ao mesmo tempo que aplaudia o trabalho dos soldados israelitas destacados em Gaza.

Domingo, o exército israelita anunciou no domingo o início de uma ofensiva adicional "extensa" no norte e no sul de Gaza, no âmbito da operação "Gideon's Chariots". 

Pouco depois, Netanyahu ordenou a retoma da ajuda humanitária a Gaza, bloqueada desde 02 de março, cerca de duas semanas antes de as tropas israelitas terem quebrado o cessar-fogo de janeiro com o Hamas.

No entanto, o próprio Netanyahu afirmou que as tropas israelitas "tomarão toda a Faixa de Gaza" e defendeu a decisão de autorizar a entrada de ajuda humanitária na Faixa, após mais de dois meses de bloqueio, reconhecendo que esta medida é o resultado da pressão exercida sobre o seu governo pelos seus aliados, tendo em conta o agravamento da crise humanitária no enclave devido às ações de Israel.