Presidente do Parlamento Europeu exige libertação de milhares de manifestantes russos
Ucrânia
7 de mar. de 2022, 17:54
— Lusa/AO Online
"Quero
expressar a nossa solidariedade com todos os manifestantes pacíficos
anti-invasão na Rússia e aplaudir a sua coragem de se erguerem
publicamente. Em nome do Parlamento Europeu, apelo às autoridades russas
para que libertem aqueles que foram injustamente presos e para
permitirem a liberdade de expressão e apelo às autoridades russas para
que parem de intimidar os manifestantes e libertem imediatamente todas
as pessoas detidas", declarou Roberta Metsola.Falando
no arranque da sessão plenária da assembleia europeia, na cidade
francesa de Estrasburgo, a líder da instituição salientou que "Putin
[Presidente russo] não é igual à Rússia".Ao
denunciar que "os cartazes escritos à mão com sinais de paz e mensagens
antiguerra são suficientes para merecer a detenção de pessoas", Roberta
Metsola acrescentou existirem "relatos de mais de 13 mil pessoas em 147
cidades russas detidas por protestarem contra a invasão"."Ainda
ontem [domingo], 4.500 pessoas foram detidas. Os russos levantam-se sob
as mais duras condições, mostrando ao mundo que a verdadeira face da
Rússia não tem de ser a de Putin", salientou a responsável, enaltecendo
os "corajosos cidadãos da Rússia que, apesar da ameaça da prisão e da
brutal repressão, continuam a manifestar-se e são pacíficos"."Putin descobrirá que a verdade não é facilmente reprimida", avisou.Em
altura de aceso confronto armado em território ucraniano devido à
invasão russa, a responsável lamentou que a sessão plenária do
Parlamento Europeu volte a ocorrer "quando o bombardeamento da Ucrânia
continua sem parar"."A nossa indignação
cresce a cada disparo de balas, assim como o confronto ucraniano e a
solidariedade do nosso povo", vincou Roberta Metsola, que tem vindo a
defender a atribuição à Ucrânia do estatuto de país candidato à União
Europeia."O preço da invasão ilegal de Putin pode ser medido em baixas civis e no fim da ordem mundial democrática", condenou ainda.