Presidente do Governo Regional acusa PS/Açores de “desespero pela perda de poder”
23 de nov. de 2021, 18:32
— Lusa/AO Online
“É por isso o epíteto que
mais demonstra a sua atitude, senhor deputado, e a do PS: a arrogância
da maioria absoluta, o desespero da perda do poder. Tem sido pois a
matriz principal da atuação argumentativa com que se tem apresentado”,
afirmou Bolieiro, na Assembleia Regional, na Horta, após uma intervenção
do deputado socialista Vasco Cordeiro.Vasco
Cordeiro, que liderou o governo açoriano entre 2012 e 2020, tinha
acusado o Governo PSD/CDS-PP/PPM de “negociações à socapa” para
viabilizar o Orçamento para 2022, desafiando-o a dizer o que pensa sobre
as condições do Chega para votar favoravelmente.“O
senhor deputado aprendeu, com mais firmeza nas maiorias absolutas em
que liderou o governo, a arrogância da sua afirmação e aprendeu pouco
neste tempo de oposição a humildade democrática de apostar na afirmação
de uma alternativa”, afirmou o chefe do executivo.José
Manuel Bolieiro realçou que o Governo açoriano está a “mudar o
paradigma” e criticou a “ausência de alternativa” protagonizada pelo PS.“Se
for o PS governo há uma reversão na diminuição dos impostos. Se for o
PS governo vai acabar e extinguir-se-á a tarifa Açores. Se for o PS
governo não haverá justiça para os professores”, afirmou, citando
algumas das políticas implementadas pelo atual executivo.Bolieiro enalteceu a “coragem política” do atual Governo dos Açores e realçou que a “estabilidade” é um “bem político”.“Em
qualquer circunstância em que o parlamento possa dizer não [a este
governo], voltaremos ao povo, que decidirá soberanamente o que é que
pretende. É assim a nossa coragem política como também é assim a nossa
humildade democrática de ouvir, concertar e garantir consensos porque a
estabilidade é também um bem político”, apontou.O
líder regional recordou que na semana passada, na quarta-feira, os
socialistas anunciaram “sem qualquer dúvida o voto contra” no Plano e
Orçamento da região para 2022.“Temos uma
relação de humildade democrática porque nós reconhecemos nessa casa
parlamentar a força da representatividade do povo. É o povo quem mais
ordena e ordenou que queria uma governação não socialista”, afirmou,
referindo-se aos resultados das eleições regionais de outubro de 2020.O líder regional destacou que faz “bem parte” de um executivo “que é já por si um exercício de humildade democrática”.Bolieiro
insistiu que a decisão sobre o Plano e o Orçamento cabe agora aos
partidos, uma vez que o Governo Regional já entregou as propostas na
Assembleia: “Agora é o parlamento que decide”, assinalou.