Presidente do Governo dos Açores realça condições da rede de matadouros da região

19 de jun. de 2019, 10:05 — Lusa/AO Online

“Com a inauguração deste novo matadouro da ilha Graciosa estamos a concluir um grande ciclo de investimentos neste tipo de infraestruturas na região”, adiantou Vasco Cordeiro, citado numa nota do Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional, à margem da inauguração daquela infraestrutura.Orçado em 5,4 milhões de euros, o novo matadouro da Graciosa, construído de raiz, tem uma área coberta superior a 2.200 metros quadrados e uma capacidade de abate instalada para 15 bovinos por hora.Tem ainda uma capacidade de desmanche, corte e embalagem de cinco carcaças de bovino por dia ou 10 de suíno e novas câmaras de refrigeração. Para o presidente do executivo açoriano, a infraestrutura é “mais uma pedra” no “alicerce da construção da competitividade do setor agrícola”, Vasco Cordeiro salientou que o executivo investiu mais de 15 milhões de euros na modernização da rede regional de abate, destacando a construção de um novo matadouro na ilha do Faial e a ampliação e modernização dos matadouros das ilhas Terceira e de São Miguel.O governante assegurou que a situação do matadouro de São Jorge também será resolvida e lembrou a aposta na segurança e qualidade alimentar da rede regional de abate.“Já foram entregues os comprovativos da certificação pela norma ISO 22.000 aos matadouros da Terceira e de Santa Maria. No próximo mês será a vez do matadouro do Pico. Atualmente decorre o processo de certificação dos matadouros da Graciosa, do Faial, das Flores e de São Jorge. Relativamente a São Miguel, a expectativa é que o processo fique concluído ainda este ano”, apontou.Segundo Vasco Cordeiro, a sala de desmancha do matadouro de São Miguel já foi adjudicada a uma empresa privada e no Faial o concurso está em fase de conclusão, sendo em breve desencadeados procedimentos para a abertura de concurso na Graciosa.Em 2018, foram abatidos nos matadouros dos Açores e aprovadas para consumo quase 73 mil carcaças de bovinos, mais 30% do que nos últimos cinco anos.A expedição de carcaças aumentou perto de 40%, entre 2017 e 2018, e consequentemente houve uma diminuição da exportação de gado vivo. “Esta adesão e esta resposta surge porque há um esforço de concertação e de diálogo que tem um potencial muito grande ainda a dar na nossa Região”, frisou o presidente do Governo Regional.Vasco Cordeiro revelou ainda que o Centro de Estratégia Regional para a Carne dos Açores (CERCA), organismo que envolve os parceiros do setor, irá realizar um estudo às características nutricionais da carne açoriana, à semelhança do que está a ser feito para o leite. “Todos os resultados que têm sido alcançados neste setor não querem dizer que não existam desafios futuros”, frisou, defendendo a necessidade de se “produzir e vender cada vez melhor para responder ao que o mercado precisa e quer”.