Presidente do Governo dos Açores diz que tarifa interilhas a 60 euros é “ousadia estratégica”
1 de jun. de 2021, 10:22
— Lusa/AO Online
Para José Manuel
Bolieiro, a Tarifa Açores, que entrou em vigor esta terça-feira, é “uma
ousadia estratégica”, que foi possível implementar assegurando
“prioridades” na “gestão de orçamento”.“Não
gastar dinheiro em desperdício e gastar dinheiro no que é estratégico”,
salientou o presidente do Governo dos Açores, de coligação
PSD/CDS-PP/PPM, que falava durante as comemorações do 25.º aniversário
da Escola Profissional da Ilha de São Jorge.“Se
é estratégico para nós a mobilidade interilhas […], vou acabar com o
desperdício, com as megalomanias, com os elefantes brancos das obras de
betão, para apostar nesta ideia que vai muscular a economia, que vai
muscular a identidade dos Açores e dos açorianos, que vai estimular o
turismo interno e que vai estimular a necessidade”, defendeu o chefe do
executivo regional.A Tarifa Açores
consiste numa tarifa máxima de 60 euros, ida e volta, para residentes
nas passagens aéreas entre as ilhas do arquipélago.As
reservas para estas viagens estão disponíveis deste sábado e, desde
então, já foram feitas “cerca de 8.200 reservas”, adiantou o
secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota
Borges, citado em nota de imprensa.O
responsável pela tutela garantiu que, apesar da elevada procura, “a SATA
tem soluções que podem passar pela reafetação da frota existente, ou o
aluguer de aviões, visando acrescentar a oferta tal a procura o
justifique”.Já o presidente do Governo
Regional afirmou que esta medida responsabiliza “a própria empresa
[que], provavelmente, tem de adquirir mais aviões” e admitiu também a
necessidade de “investimento público” para “apostar na valorização dos
aeroportos e aeródromos, para que o horário de operacionalidade das
pistas e dos aeroportos possa alargar”.Para o social-democrata, com a criação desta tarifa está-se “a virar uma página da história da mobilidade entre as ilhas”.Esta
é uma medida que cumpre “o princípio da continuidade territorial e a
solidariedade que resulta do desenvolvimento, que visa a coesão social,
mas também a coesão territorial”, destacou José Manuel Bolieiro.