Presidente do Governo dos Açores alerta para a necessidade de “qualificar ativos”
17 de fev. de 2023, 12:54
— Lusa/AO Online
“Não temos
apenas um problema de falta de mão-de-obra, que também é verdadeiro e é
preciso, tendo em conta a confiança e a pujança da nossa economia. Mas
também precisamos de aumentar a produtividade e qualificação dos nossos
ativos”, afirmou, falando aos jornalistas após uma visita à Escola
Profissional da Horta, no Faial.O líder do
Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) deixou uma “palavra de confiança a
todas as escolas de formação profissional” na região, elogiando a
importância do ensino profissional na qualificação de ativos.“Exorto
os empregadores a encontrarem essa oportunidade de oferta das nossas
escolas profissionais espalhadas pelas nossas ilhas”, reforçou.Esta
semana, a Assembleia Regional aprovou a criação do Centro de
Qualificação dos Açores, por proposta do governo açoriano, que vai
resultar da transformação da Escola Profissional de Capelas, na ilha de
São Miguel.Segundo detalhou a secretária
da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego no parlamento
regional, aquele centro pretende “capacitar tecnicamente os jovens e
adultos em áreas como eletrónica, eletricidade, construção civil,
mecânica automóvel, eletricidade e madeira”Esta sexta-feira, Bolieiro considerou que a formação profissional é uma “oportunidade de
vocação e de sucesso na vida pessoal, familiar e profissional e
empreendedora” dos jovens.“A qualificação profissional, através da formação profissional, é um bom exemplo e perspetiva um bom futuro”, assinalou.Sobre
a situação financeira das escolas profissionais da região, Bolieiro
reconheceu que o período de transição entre quadros comunitários de
apoio “cria muitas vezes dificuldades de tesouraria e liquidez”, mas
lembrou a medida criada pelo executivo para “mitigar” as dificuldades
das escolas.A 06 de janeiro, o Governo dos
Açores anunciou a criação de um apoio às escolas profissionais que vai
suportar, de “forma excecional e transitória”, os encargos financeiros
resultantes das operações de financiamento bancário das instituições.Bolieiro avisou que aquele apoio “não dispensa um rigor de gestão em cada uma das escolas” profissionais.“A
nossa expectativa é que com boa gestão e com esse apoio que o governo
assegurou com a banca, possamos depois entrar em velocidade cruzeiro já
novo período de programação financeira plurianual para dar um bom
suporte ao ensino profissional”, vincou.A
09 de janeiro, a Associação de Escolas Profissionais dos Açores (AEPA)
exigiu ao Governo Regional uma “clarificação” sobre a estratégia para
esta modalidade de ensino na região, pedindo uma “comunicação
transparente e eficaz” e alertando para a necessidade de “medidas
urgentes”.Em janeiro, a escola
profissional Aprodaz, com cerca de 90 alunos, decidiu encerrar devido a
dificuldades financeiras, tendo um passivo de cerca de 500 mil euros.O
novo Centro de Qualificação dos Açores vai desenvolver formação de
nível II a V e promover uma “resposta flexível e à medida, privilegiando
formações intensivas de curta duração e modelos combinados de formação,
que possibilitem a aquisição de experiência, abrangendo todas as ilhas,
com formação à distância”, segundo o Governo Regional.