Presidente do Governo açoriano garante "máxima transparência, responsabilidade e humildade"
26 de nov. de 2021, 10:04
— Lusa/AO Online
“O que está acordado está escrito e está no Plano e no Orçamento.
Ademais, toda a regulamentação de que um Plano e Orçamento necessitam,
hão de vir ao parlamento, se for da sua competência. Ou, no quadro de
competências do Governo, será feito com os instrumentos regulamentares
que serão publicitados e tornados públicos”, afirmou José Manuel
Bolieiro aos jornalistas, após o encerramento dos trabalhos da
Assembleia Legislativa Regional que aprovou as contas regionais para
2022. De acordo com o líder do executivo
de coligação PSD/CDS-PP/PPM, “não há nada que não seja feito a favor dos
açorianos, com máxima transparência, responsabilidade e humildade
democrática”. As contas da região foram aprovadas com os votos favoráveis da coligação PSD/CDS-PP/PPM (26
deputados), do deputado independente (ex-Chega), do deputado do Chega e
da Iniciativa Liberal (IL), que ameaçaram chumbar o documento, tendo
merecido os votos contra de 28 deputados – do PS, BE e PAN. “Tranquilidade máxima a todos os que querem saber com que instrumentos vamos governar. Estão aqui, basta ler.
Para o social-democrata que preside ao Governo Regional dos Açores, o
orçamento e “todo o percurso” feito até à versão final se fundamentam na
“gestão pública responsável e a humildade democrática do reconhecimento
da pluralidade”. Bolieiro considera que o
Governo “não sai fragilizado” do diálogo com outros partidos, depois
de, na sexta-feira, o deputado do único do Chega ter tido que “tudo”
podia acontecer ao Orçamento, impondo como condições para a aprovação
uma remodelação governamental e um incentivo de 1.500 euros para
famílias não beneficiárias de apoios sociais, entre outras. “O Governo tem uma responsabilidade, está firme e está coeso”, assegurou.
Na sexta-feira, o deputado do Chega também apresentou como “rasgado” o
acordo de incidência parlamentar assinado com a coligação de Governo no
início da legislatura. “É preciso
compreensão e inteligibilidade das questões. Os acordos de incidência
parlamentar tiveram uma concretização com base no Programa do Governo e
nas orientações de Médio Prazo”, indicou.
De acordo com Bolieiro, foi possível encontrar, na “pluralidade
parlamentar”, um “denominador comum para questões concretas que
permitiram elaborar um programa de governo e orientações de médio
prazo”. “É neste quadro que me movo e dele não sairei por incumprimento”, afirmou.Quanto à “composição e atualização do funcionamento do Governo, é uma competência exclusiva do presidente do Governo”. “Não abdicarei. Qualquer situação que ocorra no futuro em relação a esta matéria é da minha exclusividade”, afiançou.
Questionado sobre se vai ou não fazer a remodelação, afirmou: “Não
prescindo do juízo que farei sobre a minha própria avaliação, não decido
sobre juízos ou externalidades”. “Há coisas que não se anunciam, fazem-se. Farei, não anunciarei. Não esperem um anuncio”, afirmou.