Presidente do COI pede "neutralidade política" aos líderes do G20
15 de nov. de 2022, 13:22
— Lusa/AO Online
“Condenámos
e sancionámos sem reservas o governo russo face à flagrante violação da
carta olímpica. Continuamos a apoiar atletas e membros da comunidade
olímpica ucraniana, com toda a nossa solidariedade. Mas, em contraste
com outras guerras e conflitos no mundo, em relação a esta guerra,
alguns governos começaram a decidir quais os atletas que podiam
participar e os que não podiam”, explicou.O
presidente do COI alertou assim para uma polarização e que se as coisas
continuarem a caminhar nesse sentido será o desporto a fracassar.“Se
o desporto seguir este caminho, ser mais uma ferramenta para atingir
objetivos políticos, o desporto internacional desmoronará. O desporto
olímpico precisa de todos os atletas que aceitem as regras, mesmo, e,
especialmente, se os seus países estiverem em confronto ou em guerra”,
defendeu.O dirigente salientou que é
missão do COI “unir” e “não aprofundar divisões” e que por isso compete
ao organismo ser “politicamente neutro”.“Para
permitir que os nossos futuros anfitriões recebam os melhores atletas
de todo o mundo, independentemente de conflitos políticos. Apelo a
vocês, líderes mundiais, para apoiarem a neutralidade política”, referiu
Thomas Bach.Desde que invadiu a Ucrânia
em fevereiro, a Rússia foi suspensa de várias competições
internacionais, entre as quais o Mundial de futebol do Qatar, e vários
países impuseram veto de participação a atletas russos nas competições
por si organizadas.O presidente do COI
dirigiu-se a chefes de Estado e governantes das 19 maiores economias do
mundo e aos líderes da União Europeia na cimeira do G20 que arrancou
hoje na Ilha de Bali, na Indonésia.