Presidente de Itália dissolve Parlamento e abre caminho a novas eleições
28 de dez. de 2017, 18:25
— Lusa/AO online
A
decisão foi comunicada após reuniões entre Mattarella e o
primeiro-ministro, Paolo Gentiloni, e os presidentes da Câmara dos
Deputados, Laura Boldrini, e do Senado, Pietro Grasso.Em
sete décadas de democracia, a Itália já teve 64 governos. Desde 2013, a
Itália teve três primeiros-ministros: Enrico Letta, Matteo Renzi e
Paolo Gentiloni, todos do Partido Democrata (PD).O
chefe de Estado italiano "assinou o decreto de dissolução do Senado e
da Câmara dos Deputados", indicou a presidência italiana em comunicado. O
anúncio da presidência lança oficialmente a campanha para as eleições
legislativas, previstas para março.O conselho de ministros agendado para hoje à tarde vai decidir a data do escrutínio.Ao
início da tarde, o chefe do governo de centro-esquerda, Paolo
Gentiloni, foi ao Palácio do Quirinal, residência oficial do Presidente,
para lhe anunciar que, com a aprovação do orçamento para 2018, os
trabalhos do Parlamento, eleito em fevereiro de 2013, estava terminado.Tal
como é de regra, Mattarella recebeu em seguida o presidente do Senado,
Pietro Grasso, e a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Baldrini,
para lhes dar a conhecer a intenção de dissolver as duas câmaras.Gentiloni
regressou então ao Quirinal para assinar também o decreto de
dissolução, antes de regressar ao Palácio Chigi, sede do chefe de
Governo italiano, para presidir ao conselho de ministros.Paolo
Gentiloni é o terceiro chefe de governo nesta legislatura (depois de
Enrico Letta e Matteo Renzi) e deverá manter-se en funções até à
constituição do novo parlamento. O seu mandato poderá, no entanto,
prolongar-se, caso os resultados relancem a incerteza na política
italiana.O
espetro político italiano tem agora três forças pouco inclinadas a
coligações - uma à direita, outra à esquerda e uma terceira, os
populistas do movimento Cinque Stelle (Cinco Estrelas) - o que poderá
deixar o parlamento sem uma maioria clara.