Presidente da Venezuela promete "total apoio" aos afetados pelo mau tempo
11 de out. de 2022, 12:34
— Lusa/AO Online
“Contem
com o total apoio do Governo humanista e bolivariano a que presido.
Apoio total às famílias, aos jovens, aos chefes de família, às mulheres
chefes de família, às comunidades. Apoio total apoio aos comerciantes”,
disse Nicolas Maduro, à televisão estatal venezuelana, na segunda-feira.Maduro
sublinhou ter visto “destroços, centenas de casas destruídas com perda
total e centenas de casas e empresas com perda parcial”.Tejerías,
no estado de Arágua, a 70 quilómetros a sudoeste de Caracas, é “uma
zona de catástrofe total, de desastre”, onde ocorreram fortes
enxurradas, como não foram registadas “durante muitos anos na
Venezuela”, disse.O governante pediu a
quem sofreu perdas materiais que se dirija aos centros de abrigo, “até
que seja organizada a reconstrução das casas” e prometeu que “ninguém
será abandonado, ninguém ficará sem casa”.Por
outro lado, Maduro lembrou a tragédia de 1999, no estado de Vargas, e
precisou que o que aconteceu em Tejerías foi uma destruição da mesma
grandeza, mas num território mais pequeno.“A
lama, o rio, as correntes [de água] atingiram até dez metros de altura.
Aí estão as marcas da destruição nas casas (…) a gente deve saber que
Tejerías vai ressurgir com a ave Fénix”, frisou.Nicolás
Maduro explicou que há registou de 800 casas afetadas, 400 das quais
totalmente perdidas, desaparecidas e as restantes com danos parciais.
Acrescentou que estão a ser preparados 200 apartamentos do programa
estatal Grande Missão Habitação, em Arágua e no vizinho estado de
Carabobo, para acolher afetados.“Nas
situações de chuva muito graves que tivemos, choveu três vezes mais do
que em qualquer outro ano, e no dia do deslizamento de terra de grande
magnitude, aqui em Tejerías, choveu em cinco ou seis horas o que chove
num mês”, sublinhou.O Presidente da
Venezuela disse ter alertado “há 10 dias, numa transmissão (da
televisão) pública, que estava muito preocupado com a forma como os
solos estavam a ficar saturados com água”.“As montanhas estavam a ficar saturadas, e mandámos verificar todas as montanhas perto das cidades", disse Maduro.No
domingo, fontes consulares disseram à Lusa que dois portugueses, um
homem e uma mulher, morreram em Las Tejerías, devido às chuvas
torrenciais que afetaram o estado venezuelano de Arágua.O
cônsul honorário de Portugal em Los Teques, Pedro Gonçalves,
especificou que dois comerciantes portugueses foram arrastados pelas
torrentes de água e de lama.Por outro
lado, explicou que enquanto chovia “os criminosos aproveitaram que a
água ia entrando nos imóveis, para roubar. O rio arrastou uma loja de
venda de pneus de um português, e há informação de que várias lojas de
portugueses foram afetadas, entre elas, um talho, uma padaria, lojas de
ferragens e de perfumaria”, indicou.O
Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou
condolências às famílias e aos amigos dos dois portugueses.O
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, parte
hoje para a Venezuela para acompanhar a situação da comunidade
portuguesa no país.