Presidente da Rússia anuncia "mobilização parcial"
Ucrânia
21 de set. de 2022, 06:53
— Lusa/AO Online
A medida, que entra já em vigor, obedece à
necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país,
sublinhou o chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela
televisão. A Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu
dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de
procurar destruir o país. O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia. "Considero
necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização
parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e com uma
experiência pertinente", declarou. "O
decreto sobre a mobilização parcial foi assinado" e entra hoje em vigor
hoje, acrescentou Putin, sublinhando "falar apenas de mobilização
parcial", numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma
mobilização geral. Perante "a ameaça" que
representa, para o Presidente russo, "o regime nazi de Kiev", apoiado
financeira e militarmente pelo Ocidente, Moscovo vai utilizar "todos os
meios ao seu dispor para proteger a Rússia" e o seu povo, advertiu
Putin, numa alusão às armas nucleares. "Isto não é um 'bluff'", avisou. "O
objetivo do Ocidente é enfraquecer, dividir e destruir a Rússia",
garantiu, através da supressão "dos centros de desenvolvimento soberanos
e independentes" no mundo. "Eles [os
ocidentais] dizem abertamente que em 1991 conseguiram desmembrar a União
Soviética e que agora chegou a vez da Rússia", acusou.