Presidente da República saúda apoio do Governo e "fim feliz" para a Raríssimas
26 de dez. de 2019, 07:10
— Lusa/AO Online
Marcelo Rebelo de Sousa visitou o Centro de
Desenvolvimento e Reabilitação da Casa dos Marcos, no concelho da Moita,
distrito de Setúbal, uma das instalações da Raríssimas - Associação
Nacional de Deficiências Mentais e Raras.Da Moita, o chefe
de Estado seguiu para o Barreiro, juntando-se pelo quarto ano
consecutivo à ginjinha de Natal, no centro da cidade, rodeado por uma
multidão que o fez levar quase duas horas e meia a percorrer algumas
dezenas de metros até à Tasca da Galega, onde atrás do balcão brindou
"por Portugal", a pensar especialmente nos portugueses "que infelizmente
estão doentes ou numa situação de sofrimento" nesta época festiva.O
provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o
secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos,
acompanharam-no na visita à Raríssimas, que aconteceu num momento de
transição entre a direção dos últimos dois anos, presidida por Margarida
Laygue, e a nova direção da Raríssimas, que tem como presidente Maria
João Trincão, que irá tomar posse no dia 03 de janeiro.À
saída da Casa dos Marcos, em declarações aos jornalistas, o Presidente
da República disse que "estas histórias, em muitos casos, não terminam
bem", numa alusão às irregularidades denunciadas numa reportagem da TVI
que levaram à destituição da antiga presidente, Paula Brito da Costa,
que foi constituída arguida."Houve muitas
dificuldades para manter unido o projeto, para manter uma equipa muito
vigorosa à frente, para ter a Segurança Social a apoiar, para ter a
Santa Casa da Misericórdia a apoiar, para ter a Aga Khan a apoiar, para
ultrapassar o afastamento dos mecenas", referiu.Marcelo
Rebelo de Sousa destacou o "apoio espetacular, quer das famílias, quer
dos trabalhadores, todos, da casa, que fizeram um esforço muito grande
para manter aquilo que era fundamental"."Depois,
era preciso preparar o futuro, e fez-se isso tudo em dois anos. Não foi
uma tarefa fácil. E eu tenho que cumprimentar o Governo, o anterior e o
atual, por isso, o senhor provedor da Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa, que foi um entusiasta deste projeto, e a Aga Khan", acrescentou.O
Presidente da República cumprimentou também todos os elementos desta
direção cessante da Raríssimas, concluindo: "Agora é futuro. Agora é ano
novo, vida nova. Na continuidade do esforço dos últimos anos, mas vida
nova com outras perspetivas".Antes, o
chefe de Estado fez uma curta intervenção no átrio de entrada da Casa
dos Marcos, ao qual foi dado o nome do ex-ministro do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva,
congratulando-se com o "fim feliz" deste "mandato extremamente difícil"
na Raríssimas."Foi possível, passo a passo, fazer sobreviver a instituição - mas foi mesmo passo a passo", disse.Segundo
o Presidente da República, nestes dois anos foi decidido "a Santa Casa
assumir um papel ainda mais vigoroso e ativo, sempre com o apoio da
Segurança Social", que "continua inabalável"."Por isso, este Natal é um Natal muito diferente do Natal de há dois anos. É mais Natal este ano", considerou.No
Barreiro, onde prometeu continuar a voltar para a ginjinha de Natal,
"seja ou não Presidente", Marcelo Rebelo de Sousa contou que esta "era
uma tradição de homens" que ali iam "enquanto as mulheres preparavam o
jantar de Natal". "Depois passaram a vir
as mulheres, a seguir ao 25 de Abril. Foi crescendo, crescendo. Depois
passou a vir gente da vizinhança. E agora vem um bocadinho de todo o
país", acrescentou, exclamando: "Realmente a ginjinha é muito boa. O
ambiente é ótimo. Esta é talvez a noite mais agradável das quatro".