Presidente da República quer mais crescimento económico e melhor distribuição da riqueza

2 de dez. de 2023, 21:31 — Lusa /AO Online

"Temos de crescer mais. No ano passado crescemos muito, este ano começámos bem mas decresceu no segundo e terceiro trimestre", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas.O chefe de Estado considerou também ser necessário "distribuir melhor aquilo que é a riqueza criada"."As ajudas sociais que foram dadas pelo Governo ao longo do último ano e meio, dois anos, por causa da guerra da Ucrânia e a manutenção do custo de vida, tudo isso é uma compensação e para muitas pessoas é essencial, mas não substitui o problema do crescimento da economia e do aumento dos rendimentos dos portugueses", defendeu.Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou hoje a campanha de recolha do Banco Alimentar contra a Fome, como já é seu hábito, e visitou o armazém em Lisboa onde os alimentos são recebidos, contados e separados.Questionado sobre os problemas na saúde e na educação, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o próximo ano seja “mais calmo” nas escolas e que “o esquema de gestão do Serviço Nacional de Saúde, que arrancou atrasado, possa recuperar”, destacando que “a saúde, a educação e a habitação são fundamentais para as pessoas”.O Presidente da República afirmou também que no próximo ano os portugueses "têm três momentos em que podem fazer as suas escolhas"."Os portugueses dos Açores pode acontecer que sejam chamados a votos mais rapidamente, os portugueses em geral já se sabe que serão chamados a votos também dentro de alguns meses e depois os portugueses e os europeus em geral serão chamados a pensar a situação da Europa, de que depende muito a nossa situação", elencou.Questionado se já tomou uma decisão quanto à situação nos Açores e à possibilidade de eleições antecipadas, Marcelo respondeu que é necessário esperar para "ver o que o Conselho de Estado diz no dia 11".Durante a visita ao Banco Alimentar contra a Fome, o Presidente da República disse acreditar que este ano será possível bater o recorde das doações do ano passado e assinalou que esta campanha "vai dirigir-se a 500 mil pessoas".O chefe de Estado lamentou que ainda exista “um milhão e 700 mil pessoas na zona da pobreza”, e destacou a generosidade dos portugueses nesta campanha.O Presidente considerou que “a pobreza mais chocante” é aquela que afeta particularmente crianças e idosos, mas assinalou também a existência de portugueses que trabalham, mas ainda assim vivem na pobreza.Marcelo Rebelo de Sousa ajudou na organização dos alimentos, tirou as habituais 'selfies' e ainda aproveitou para almoçar com os voluntários.A nova campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome arrancou na sexta-feira e vai decorrer até domingo, em todo o país, com o apoio de 40 mil voluntários.Em regra, o Banco Alimentar promove duas campanhas por ano que se destinam a angariar alimentos básicos para pessoas carenciadas, como leite, arroz, massas, óleo, azeite, grão, feijão, atum, salsichas, bolachas e cereais de pequeno-almoço.