Presidente da República diz que ainda há “muitíssimo por fazer”
Pedrógão Grande
29 de ago. de 2018, 15:44
— Lusa/AO Online
"Falta
muitíssimo por fazer. O mais importante ainda está por fazer", afirmou o
chefe de Estado, considerando que o mais importante para esta região "é
trazer gente, trazer atividade económica e manter atividade social
aqui". Marcelo
Rebelo de Sousa falava aos jornalistas depois de um banho nas águas
frias da praia fluvial do Mosteiro, no concelho de Pedrógão Grande, uma
localidade também ela afetada pelo grande incêndio de 2017.O
Presidente da República salientou que é importante fixar jovens, mas
também "menos novos" em idade de reforma, nestes territórios, e referiu
que essa fixação pode ser fundamental, sobretudo "nos interiores mais
despovoados". "É
muito importante que haja gente nova e menos nova e que venham para cá e
que tenham condições de viver cá e de trabalhar cá", disse, tendo
realçado que tal significa medidas de incentivo à fixação de novas
atividades económicas e à "não saída de atividades sociais", "algumas
delas estão anunciadas e estão previstas" para os próximos tempos. Na
visita à praia fluvial do Mosteiro, voltou a encontrar uma família de
fora da região - neste caso, de Vagos - e reafirmou que "está a surtir
efeito a ideia" das pessoas fazerem as suas férias nas zonas afetadas
pelos incêndios. Na
ida para Mosteiro, a partir da Pampilhosa da Serra, Marcelo Rebelo de
Sousa disse aos jornalistas que optou por fazer um trajeto mais longo,
em que se conseguiu aperceber do "grau de destruição" em Pedrógão
Grande."O grau
de recuperação é lento. Assistimos a obras, nomeadamente nas bermas,
mas assistimos, por exemplo, a postes de iluminação que ainda não estão
reparados", contou, encontrando como explicação para a lentidão na
reconstrução o despovoamento.O facto de não haver pessoas "explica largamente também o porquê de demorar tanto tempo a haver esta regeneração", constatou.Marcelo
Rebelo de Sousa afirmou ainda que insistiu muito para não estar com os
autarcas da região para poder fazer as suas voltas durante estes três
dias de férias pela zona, como fez hoje."Posso
parar, posso alterar, posso improvisar. Por exemplo, agora, apetece-me
improvisar o roteiro", disse, antes de partir de Mosteiro e, em vez de
ir logo para Figueiró dos Vinhos, voltou a percorrer estradas municipais
de Pedrógão Grande, tendo passado de carro por Vila Facaia e
Nodeirinho, duas povoações muito afetadas pelo incêndio, assim como pela
sede da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG).Hoje,
é o terceiro e último dia de férias de Marcelo Rebelo de Sousa pela
região afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, depois de ter feito o
mesmo no início do mês em concelhos atingidos pelos grandes fogos de
outubro de 2017.Durante
estes três dias, Marcelo Rebelo de Sousa provou queijo no Rabaçal, em
Penela, foi a banhos em várias praias fluviais e visitou o complexo
Praia das Rocas, em Castanheira de Pera.