Presidente da República diz que fustal é “inspiração para o país”
7 de fev. de 2022, 12:56
— Lusa/AO Online
“Tinha a certeza na
meia-final e na final que íamos virar o jogo. Porquê? Por Jorge Braz e
por vocês. Aquele golo no penúltimo ou último segundo, tenho de admitir,
foi uma espécie de brinde adicional, depois de uma grande exibição. Aí,
fomos muito portugueses, lutámos, soubemos esperar, não perdemos a
cabeça, mantivemos a motivação, sustentámos a garra e ganhámos”, avançou
o chefe do Governo, depois de afirmar que a capacidade e persistência
do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes,
de acreditar, quando os títulos não chegavam, “não é algo muito
português”.Além de sublinhar que valeu a
pena, "porque em 2018, no ano passado e este ano, Portugal conquistou um
Europeu, um Mundial e um Europeu", Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que
os troféus “não caem do céu, são fruto deste trabalho de preparação”.A
revalidação do título Europeu, em Amesterdão, após a vitória na final
sobre a Rússia, por 4-2, é igualmente “um bom exemplo” para o país e
para a seleção feminina, que dentro de dias vai entrar em ação, assim
como “para os jogadores que vão lutar no Qatar”.“Mas
é um estímulo para o país. Estamos a entrar numa fase em que temos à
nossa disposição, não propriamente aquilo que se tem dito que é o
paraíso ao virar da esquina, mas temos muitos fundos europeus. É
verdade, é fundamental que sejam muito bem utilizados, com rigor, com
transparência, com profissionalismo, eficiência, eficácia. Também aqui,
para além do apito final do termo de utilização dos fundos, não temos
mais fundos. Ou ganhamos ou perdemos. Como aconteceu convosco. É uma boa
inspiração para o período em que estamos a entrar. Temos de aproveitar
até ao limite todos os fundos, aqui não vai haver descontos, o que não
for aproveitado dentro do prazo já não é aproveitável”, frisou.Depois
de endereçar uma primeira palavra ao Ministro da Educação, Tiago
Brandão Rodrigues, também presente na receção aos campeões europeus -
“que continua cada vez mais entusiasta no mais pequeno pormenor, até na
candidatura conjunta com Espanha ao Mundial de futebol de 2030” -, o
presidente da República destacou o papel de Fernando Gomes à frente dos
destinos da FPF.“Em 98 anos de Federação
Portuguesa de Futebol, tínhamos conquistado 15 títulos europeus e
mundiais. Em 10 anos, durante os seus mandatos, conquistámos 15 títulos
europeus e mundiais. Tantos como em toda a restante história do futebol
português. E fez a diferença, porque criou um espírito de família,
preparou, soube organizar as estruturas, escolher as pessoas certas e
não largou um minuto sem vos apoiar. Estes campeões, outros campeões. E
nós continuamos a acreditar que em 2024 nos vai trazer mais títulos”,
sustentou.A terceira palavra de Marcelo
Rebelo de Sousa, essa, foi endereçada a Jorge Braz, o treinador da
seleção que não atendeu o telefone, mas depois retribuiu a chamada entre
a meia-final e a final ao Presidente da República“É
uma pessoa muito especial. Mistura aquele ar de senador, tímido, parece
distante e, às vezes, ausente, mas não perde um pormenor daquilo que se
passa. E vibra por dentro e sabe formar o espírito de equipa, alimentar
esse espírito, mas é verdade que teve a ajuda e persistência do senhor
presidente Fernando Gomes”, apontou Rebelo de Sousa.O
Presidente da República desafiou, depois, o treinador português a
conduzir a equipa das ‘quinas’ diretamente do aeroporto para o Palácio
de Belém.“Já é uma tradição, temos de a
manter no próximo Mundial. E só não recebem ainda o que vão receber,
porque foi tudo depressa demais. Mas irão receber aquilo que merecem,
como receberam em 2018 e 2021”, finalizou o presidente da República,
antes de dar um abraço a cada um dos elementos da comitiva nacional,
“que é o abraço de todos os portugueses”.