Presidente da República começa a ouvir os partidos terça-feira
Covid-19
16 de nov. de 2020, 17:29
— Lusa/AO Online
De acordo com a agenda de
Marcelo Rebelo de Sousa hoje divulgada, os serão recebidos partidos no
Palácio de Belém, em Lisboa, por ordem crescente de representação
parlamentar. Na terça-feira, o chefe de
Estado receberá a Iniciativa Liberal, às 15h30, o Chega, às 16h30, o
Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), às 17h30, e o
Pessoas-Animais-Natureza (PAN), às 18h30.Na
quarta-feira, serão recebidos o CDS-PP, às 11h00, o PCP, às 12h00, o
Bloco de Esquerda (BE), às 14h00, o PSD, por videoconferência, às 15h30,
e o PS, às 17h00.Estas audiências foram
anunciadas na passada quinta-feira através de uma nota no portal da
Presidência da República na Internet, segundo a qual Marcelo Rebelo de
Sousa "quer ouvir os partidos sobre o Orçamento do Estado para 2021,
atualmente em discussão na especialidade, e sobre a situação de pandemia
e o estado de emergência".O atual período
de 15 dias de estado de emergência, que foi aprovado no parlamento com
votos a favor de PS, PSD e CDS-PP, abstenções de BE, PAN e Chega e votos
contra de PCP, PEV e Iniciativa Liberal, termina às 23h59 da próxima
segunda-feira, 23 de novembro.Para renovar
por mais 15 dias este quadro legal para a adoção de medidas de
contenção da covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa tem de ter ouvir o
Governo e de ter autorização da Assembleia da República, processo que
deverá decorrer até sexta-feira.A votação
final global do Orçamento do Estado para 2021 está agendada para 26 de
novembro. A proposta do Governo foi aprovada na generalidade em 28 de
outubro com votos a favor apenas do PS, abstenções de PCP, PAN e PEV e
votos contra de PSD, BE, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.O
estado de emergência, que nunca antes tinha sido aplicado em Portugal
em democracia, esteve em vigor entre 19 de março e 02 de maio, com duas
renovações consecutivas, por um total de 45 dias.Pode
ser decretado em situações de calamidade pública para permitir
suspender o exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, que
têm de estar especificados na respetiva declaração.Ao
decretar este novo período de estado de emergência, o Presidente da
República descreveu-o como "muito limitado, sem confinamentos
compulsivos" e disse que iria ser "reavaliado no final de novembro, na
sua existência, no seu âmbito e no seu conteúdo".